terça-feira, 28 de abril de 2009

Conformismo consolador ou não era pra ser?


Olá. Hoje, eu quero compartilhar uma coisa que aconteceu comigo ontem.
Estava eu esperando ansiosamente por uma ligação interurbana marcada para às 21h, me programei toda para estar exatamente às 21h na frente do meu telefone, mas por obra do destino (será?) cheguei dois segundos após o telefone ter sido atendido e desligado pela minha tia.
Que ó.d.i.o! Pois a pessoa não ligou novamente.
Eu fiquei ali, extremamente com raiva de mim mesma. Nervosa, ansiosa, com esperança de que me ligassem novamente, e nada. Então o jeito mesmo era me conformar e dizer " é, não era pra ser ".
E foi justamente este pensamento de acreditar que não era pra ter acontecido - que tem sido frequente na minha vida e me ajudado a ter paciência com muitas coisas - que me fez refletir e inspirou este post de hoje.
Quanto de verdade existe no " não era pra ser " e quanto dizemos isso a nós mesmo apenas para nos conformar?
Será que quando nos conformamos, na verdade estamos perdendo a oportunidade de tentar de novo?
E o que é mais fácil? Aceitar que não era pra ser ou persistir?
Olha, sinceramente são muitas questões.
Para um teimoso deve ser muito mais fácil persistir, tentar, tentar mais uma vez do que simplesmente entender que o que o desejado não é pra vida dele. Mas, em contrapartida, pros medrosos, que em um momento de coragem tentaram e por infortúnio não conseguiram, acreditar que não era realmente pra ter acontecido é uma válvula de escape para justificar a covardia.
Eu, particularmente, não sou nem das mais teimosas, nem das mais medrosas.
Se é pra tentar, eu tento e tento às vezes até mais de uma vez. Mas diferente de antigamente, fui acometida de um conformismo consolador quando não consigo as coisas.
Isto vale muito pra aqueles que acreditam em destino (como eu).
Mas ontem, lá naquela agonia do liga não liga do meu telefone, pensei sobre isso.
Será mesmo que é o destino o culpado de tudo? Será que a culpada não fui eu que não estava ao menos com 10 minutos de antecedência na frente deste bendito telefone?
Quanto vale adotar o conformismo consolador e quanto vale tentar mais uma vez?
Como saber se é realmente as coisas são pra ser?
Para as perguntas, pontos de interrogações. Para as respostas, dúvidas.
Eu, que geralmente tenho alguma conclusão nos meus textos, hoje não tenho nenhuma.
Mas uma coisa é certa, não vale a pena nos culparmos pra sempre por uma oportunidade perdida. Mesmo que tenhamos chegado atrasado, mesmo que tenhamos dado mole, mesmo que o medo que tivemos tenha sido exagerado o bastante para nem tentar, mesmo que talvez as tentativas feitas tenham sido insuficientes.
Console-se. Não vale a pena nos martirizarmos.
Conforme-se, talvez, quem sabe, não era mesmo pra ser.
;)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ser verdadeiro não é ser leso.


Quem aqui já não quebrou a cara com um relacionamento?
E eu tô falando de amigo, de namorado, amante... de r.e.la.c.i.o.n.a.m.e.n.t.o de qualquer face.

Quem que já não deu tudo de si esperando que, no mínimo, a pessoa que recebeu este tudo devolvesse alguma coisa? e no final das contas não teve nada em troca, aliás teve sim, só desilusões... E a grande tendência mesmo é que fiquemos ressentidos ou digamos " nunca mais eu faço isso ". Nos chamamos de idiota pra baixo e no resumo da ópera nos culpamos. Mas de que mesmo estamos nos colocando tanta responsabilidade?
Estamos nos martilizando por termos sido pessoas legais, pessoas que se doam e que acreditam que, assim como nós, a pessoa a quem devotamos carinho vai ser, no mínimo, grata?
Claro que é bem tolice acreditarmos que só porque somos de um jeito e temos caráter, todas as pessoas que nos envolvem tenham também. Mas vejamos bem, quando uma coisa dessas acontece decidimos que nunca mais iremos fazer isso de novo e entoamos de um jeito bem radical "nunca mais vou ser tão besta assim". Agora, racionaliza comigo, vale a pena mudarmos por quem não soube dar o valor necessário pro nosso sentimento? Será que não é dar muita moral pra quem não merece?
É, desde o último post pra cá eu aprendi isso.
Não foram as minhas atitudes anteriores que estavam erradas, nem eu que fui uma idiota todo o tempo passado. Foram, sim, as pessoas com quem me envolvi que não souberam dar o exato valor a meu sentimento.
Não vale a pena em nenhum momento você deixar de ser uma pessoa legal, uma pessoa carinhosa, uma pessoa que entrega seu sentimento com sinceridade só porque algum dia na sua vida um crápula (porque idiota é pouco) não soube quão precioso é o seu sentimento.
Coisas deste tipo acontecem para aprendermos e abrirmos os olhos, não pra que nos tornemos como estas pessoas. Porque é até bem irônico, achamos que a pessoa não presta, que nos maltratou, que nos magoou e decidimos que agora " vamos deixar de ser leso " e vamos o quê? nos tornar que nem elas. Pensa bem, vamos nos tornar igual a quem tanto nos criticamos? É isso que queremos ser? Queremos ser alguém que não valoriza o sentimento alheio e leva dor aos outros? É, a dor deixa as coisas meio escuras mesmo a ponto de às vezes pensarmos assim.
Que as coisas que me aconteceram e que devem ter acontecido a ti também leitor, porque são bem comuns e acontecem com todo mundo, não te faça mudar seu jeito sincero de ser.

Ser verdadeiro não é ser leso
. É que num país cheio de coisa errada é bem comum mesmo pensar que os honestos, os sinceros e os gratos são idiotas. Mas não se deixe confundir.
Use estas coisas ruins para aprender com os erros e deixar de acreditar que só porque você dá valor, as pessoas do outro lado darão valor automaticamente.
Se erramos alguma vez, foi neste sentido, por não termos considerado o lado negativo da coisa. Ao menos este foi o meu tropeço.

Mas não deixe, por isso, de ter atitudes boas, de ser leal, de gostar de alguém, de demonstrar carinho, de ter caráter.

Ninguém merece que você se torne uma pessoa pior. O mundo não precisa de pessoas piores.
Saiba dar o exato valor ao seu sentimento. E acredite, um dia chega alguém que saberá exatamente o quão precioso ele é.
;)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

De volta!


Depois de um longo período recluso e enegrecido dentro de mim. Eu voltei!
Bem verdade que eu voltei de férias no Rio de Janeiro, mas a minha volta das palavras acima não se referem a este regresso...

Quem convivia comigo ultimamente, nitidamente percebia que não havia mais alegria nem nas minhas conversas, nem na minha presença.

É, as coisas realmente não estavam bem aqui dentro.
E depois de uma sucessão de momentos depressivos e dedicação completa e quase obsecada pelo TCC, vieram as férias.
Merecidamente F.É.R.I.A.S.
Não é que tirar férias resolva os problemas dentro de vc, até porque os problemas nos acompanham onde estivermos.
Mas as férias que tirei também foram férias de mim mesma. E afastar-se de nós mesmos de vez em quando nos permite espaço para esclarecer as ideias.
Quando tá tudo mto pesado dentro da gente as coisas não são pensadas da forma como elas realmente são. É como se enxergassemos na neblina. As coisas não se mostram por completas.
Essas foram minhas reais férias, não foi a viagem que fiz, mas a permissão que eu me dei pra sair de mim mesma enquanto as coisas aqui dentro se arrumavam por si só.Eu não organizei a bagunça que existia dentro do quarto do meu coração. Eu saí do quarto enquanto alguém veio limpar.
Quem? O tempo!

Mas o melhor das férias é sempre poder voltar pra casa. E é deste regresso que eu me referia no ínicio, EU VOLTEI PRA MIM MESMA.
Pra Aline dos sorrisos, das risadas, dos amigos. O momento de reclusão passou, mas tudo que passa deixa alguma coisa. Voltei mais contente sim, mas menos tola e mais consciente.
O valor que dou ao quarto arrumado só é possível graças ter conhecido como é desconfortável caminhar na bagunça.
E eu me sinto imensamente contente de ter voltado pra mim. E quer saber? Eu já estava mesmo com saudade de mim mesma.


ps: de vocês também! :)



" Tudo estava igual como era antes. Quase nada se modificou . Acho que só eu mesmo mudei
E voltei!...
Eu voltei! Agora prá ficar, porque aqui! Aqui é meu lugar. Eu voltei pr'as coisas que eu deixei.
Eu voltei!... "