sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dia da Gozação


Hoje é dia do orgasmo. E eu tb acho que tem dia pra tudo neste mundo mesmo. Mas não é mto coincidente que justo no dia do orgasmo tenham dado uma gozada bem boa com a cara dos manauaras? Do que eu tô falando? Do aumento da passagem de ônibus para R$ 2,25.

Convenhamos esses ônibus velhos com motoristas mal educados, que pregam toda hora não valem nem R$0,50 centavos. Quem pega ônibus, sofre ó. É um risco de vida andar nesses "cacarecos". Sem falar que quem dirige não tem o mínimo respeito nem pelo passageiro, nem pelos os demais carros da cidade. Você aí que não pega ônibus, quantas vezes já enfiou a mão na buzina porque o ônibus lhe trancou?

E a situação é bem mais caótica do que isso.
O prefeito vai pra rádio dizer que " a tarifa não atende ao serviço " e eu te pergunto Sr. Prefeito:
- O serviço atende à população?
Agora ele ainda dá uma de obrigado a aceitar o aumento.
E ainda tem os donos da mafia do transporte coletivo, eles pegam ônibus? Absoluta certeza que não.

Os rodoviários querem aumento e param a cidade inteira por causa disso, e se é pra comparar com sexo, eles fizeram uma verdadeira suruba nestes últimos tempos em Manaus. É chantagem coercitiva: "não vai fazer o que eu quero não? Então não tem buzão pro povão!" E lá se vai mais uma rua bloqueada ou nenhum ônibus na praça.

Ah, e já ía esquecendo. Queriam porque queriam o aumento, mas pra variar, hoje os jornais disseram que os ônibus não tinham troco. Quero só ver quando eles quiserem aumento de novo? Vão bloquear tudo mais uma vez. E em ônibus decente ninguém fala né?

Eu sou pedestre. Ando muito mais a pé do que de ônibus. Trabalho a duas quadras pra cima de onde eu moro e estudo a duas quadras pra baixo. Mas de vez em quando é bom sair do nosso quadrado. Pra falar a verdade, acho que está é a solução pra ver se as coisas melhoram um pouco. Como fica o cidadão que tem que trabalhar todo dia se deslocando da zona norte para a zona sul? Como fica o estudante que tem na esperança do estudo transformar a sua vida?

Isso é um desrespeito com o cidadão de bem. Hoje é o mesmo o dia interrnacional do orgasmo, porque esse aumento da tarifa foi realmente uma verdadeira gozação. É, o jeito é tentar aliviar e aproveitar o dia, já que tá todo mundo, literalmente, fudido. Feliz dia do Orgasmo!


quarta-feira, 29 de julho de 2009

O Cara Pronto


O meu celular não toca. Eu não recebo nenhuma ligação ou mensagem dizendo que estão com saudade de mim. Não tem ninguém esperando por mim. Isso me entristece, porque na verdade eu esto
u esperando alguém, esperando o cara pronto.

E veja bem, cara pronto não é o príncipe encantado das menininhas. O príncipe encantado delas, geralmente, é um homem bonito que vai te salvar do dragão. Que vai ser fiel para sempre e todos os dias te amar como no primeiro instante. E tem muita mulher que ainda sonha com esse por aí.

Meu sonho não esse. Meu cara pronto pode até ser o dragão, se eu me atrair por ele ta valendo. Não precisa me salvar de nada não. Precisa me respeitar. E respeito não é fidelidade. São mesmo muitas as qualidades que eu fico querendo, certificados, bom papo, i.n.t.e.l.i.g.ê.n.c.i.a e a lista não acabaria hoje. Mas poxa, eu tenho tudo isso, eu não mereço estar ao lado de alguém que tem menos que eu só porque eu to ficando deprimidinha todo final de semana.

Se me perguntassem pra que tipo de cara que eu olho hoje, eu diria pros inteligentes. O que não é de todo mentira, mas não dá pra saber se o cara é inteligente quando aquele galã te paquera, como também não dá pra saber se o Mestre Doutor é bom de cama. E apesar de eu ser muito esperta pra ficar com um cara só pela beleza eu também ainda sou muito nova pra desprezar os prazeres da carne só por um papo cabeça.

Mas existem umas coisas que dá pra descartar, mesmo com os meus hormônios em ebulição. De cara quando se conhece um cara, independente de beijo, beleza ou certificados, nem eu, que sou publicitária, agüento um que só fale da marca da blusa, da marca do carro, da marca do sapato. Qual marca será a idiotice dele?

Eu não mereço mais fazer as merdas que eu fazia quando ficava com os imbecis mais idiotas da cidade só para não ficar vendo o tele cine light sábado. Não estudei tanto e nem fui criada com leite Ninho pra isso. Eu adotei o antes só, que o mal acompanhada pra minha vida.

Apesar de ter listado algumas coisas que eu quero num homem, racionalmente. Percebam que todas essas exigências não me dão nenhuma garantia que essa pessoa vá me fazer feliz. Se voltarmos pro primeiro parágrafo, eu só queria alguém que estivesse sentindo saudade de mim, assim como agora eu estou sentindo saudade de estar com alguém.

Esses pré-requisitos não valem nada quando se gosta de uma pessoa. Sou sincera, eu adoraria mesmo que meu cara pronto viesse com todo esse pacote e dificilmente eu olho pros que não tem ao menos a inteligência. Mas a verdade mesmo é que na hora H o coração só bate, e coração não pensa. E nesta hora eu quero, sim, um cara pronto, pronto pra gostar de mim.

ps: dedicado ao meu Prof. Aldous Santana, que é o cara pronto pra esposa dele. Obrigada :*

terça-feira, 28 de julho de 2009

Cabeça na parede


Você já pensou tanto em alguém que sentiu uma vontade de bater a cabeça na parede?
É assim que estou agora.

É claro que, se eu estou com vontade de bater minha cabeça na parede é porque eu sei que meu pensamento não é correspondido. Nada melhor do que pensar em quem pensa em você.
Mas existem umas coisas que não se pode controlar.

Dá pra controlar o fato de eu não ligar pra pessoa já que ela não te liga, dá pra controlar eu não enviar nenhum e-mail, já que não recebo. E dá até pra controlar o escândalo que eu quero fazer. Mas não posso ter controle sobre meus pensamentos e minha saudade, mesmo que eu saiba que a outra parte não pensa em mim e nem sente saudade. Infelizmente².

Sabe aquelas coisas da lei atração, o tal do "pensa forte que acontece"? Se isso funciona mesmo, daqui a 1 segundo eu deveria receber um telefonema do senhor dos meus pensamentos.

1 segundo depois.

Ele não ligou. Não funciona.
=(

Ironias a parte, como eu queria que a medicina inventasse uma pílula pra essas coisas, pra esses descontroles. Tem os que encontram a solução na bebida e "bebem pra esquecer". Tem gente que encontra solução em outra pessoa e acreditam que "um amor se cura com outro". E tem uns que não encontram a solução e esperam porque "só o tempo resolve". Eu fico no terceiro grupo. Contrariada, porque eu acho que esse tal de tempo anda muito ocupado ultimamente.

Não há como ter uma fórmula para tudo, não há. Não há como exercer o controle sobre todas as nossas ações e seus impactos. E eu como a boa humana que sou, me aborreço com isso. Não é a situação de eu estar pensando em alguém que não pensa em mim que me faz querer bater a cabeça na parede. É o fato de eu não ter um botão de liga ou desliga pra pensar conforme a minha vontade. Eu não quero que o tempo resolva, queria eu mesma fazer.

Não se controla a sede, não se controla a fome, não se controla a paixão.
Mesmo que a minha arrogância e impaciência queiram resolver ao meu modo.

E enquanto a medicina não evolui e cria um remédinho básico para os rejeitados, como eu, o jeito mesmo é continuar controlando só o que é possível e fechar os olhos quando avistar paredes.
Paciência Aline, paciência!


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Primeiro dia de aula


Hoje foi meu primeiro dia de aula. Uma nova especialização, agora em Turismo. Imagine!
Fazia tempo que eu não tinha um primeiro dia. Diferente da última pós que eu fiz (leia o post " Hoje se pôs. Acabou a pós), desta vez eu não tinha uma amiguinha pra começar comigo. Era eu e um monte de desconhecidos.
Não sou muito fácil de me enturmar assim de primeira. Sou educada, mas sou na minha.
Daí o que eu fiz no primeiro dia? Cheguei atrasada.
E quando eu entrei na sala, lotada, todos me olharam. Parecia aqueles filmes da high school nos E.U.A.
E se não bastasse isso eu ainda fui com uma blusa do MUSA que tinha escrito em letras garrafais no centro da camisa Musa 2010 e apenas na manga é que descrevia que Musa na verdade é Museu da Amazônia.
E é claro que numa situação destas só tem lugar na primeira fila, bem na frente do professor. E ele perguntou:

- Musa 2010 ?

e eu mostrando a manga respondi em um tom bem afirmativo:

- Museu da Amazônia

e a sala inteira gargalhou.
Obrigada. Agora eu sou a Musa. ¬¬

Isso me lembrou minha infância. O primeiro dia de aula lá no Santa Terezinha, colégio de freira. Devia ter uns 7 anos, minha mãe me levou. Estava lotado o auditório, não consegui saber de que sala eu era e minha me levou para uma. Aí a professora começou a falar um monte de regras e ela, me puxando pelo braço me levou para a turma ao lado porque " aquela professora era muito chata".

Minha mãe é professora, entende mais disso do que eu. Deveria saber o que estava fazendo (eu só entendo de Professor =X). E graças ao feito de minha mãe, eu que seria da 1ª série A, fui até a 4ª série da turma B. Caramba, minha mãe pode ter mudado meu destino naquela hora. Mudado a pessoa que eu sou, mudado as amiguinhas que fiz. Ou será que já estava mesmo tudo escrito?

Voltando para a aula de hoje, me senti meio perdida ali. Um monte de conceito de turismo que, eu, publicitária por formação, não sei. Mas já que eu estava com saudade de estudar e me meti nesta, vou ver onde dá. E como eu sou bem estudiosa mesmo, vou aprender sozinha o que ninguém me ensinou.
É só uma pena que se eu não gostar da turma minha mãe não possa mais me puxar pelo braço e escolher o que é melhor pra mim. Crescer é difícil.
É, seja o que Deus quiser.

domingo, 26 de julho de 2009

Que vagabunda é essa?


Que vagabunda é essa que me instiga?
Que não que não me quer de todo para ela, mas não se conforma enquanto eu dela não for.

Que vagabunda é essa que me diz tudo que de pecaminoso desemcaminha?
Que me mostra a boca com o sorriso sincero de quem diz uma mentira.

Que vagabunda é essa que a imagem do seu olhar me deixa tolo e excitado.
Que o caminhar me faz desatentar à volta, tentando com os olhos roubar-lhe o traje que ao seu corpo é modelado.

Que vagabunda é essa que me rouba a sanidade quando dela eu retiro as vestes?
Que que me faz levar em memória por mim, a mim, o prazer que ela não mais me oferece.

Que vagabunda é essa dos gemidos escandalosos quando estou nela.
Que na privacidade do quarto se torna tão vagabunda, que faço dela cinderela.

Que vagabunda é essa que me torna senhor no meio de suas pernas abertas.
Que de tão vagabunda que é, vem a ser para mim a dama mais certa.


sexta-feira, 24 de julho de 2009

A Tristeza Permitida


Para todos os meus amigos que acham que eu tenho que estar SEMPRE fazendo piadas. Tenho minhas alegrias e tenho a minha tristeza também. E quando lerem este texto, eu espero que entendam de uma vez por todas, que eu tenho outra coisa, o direito. ;)

A TRISTEZA PERMITIDA (Marta Medeiros)


Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como? Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra. Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra. A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido. Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas. “Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia. Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.

ps: Obrigada Elaine

quarta-feira, 22 de julho de 2009

" Só não desonre o meu nome "



[ Sugiro que leia o texto ao som da música ]






Este é o novo Clip da Pitty e fazia tempo que eu não ficava aqui ouvindo e repetindo uma música que eu me identificasse.


Gosto da cantora não só pelas boas músicas que ela implaca, mas pela autenticidade que ela carrega nas palavras. Não é nenhuma roqueira querendo ser a revoltada. É ela. E ser você tem um preço. Os autênticos sabem bem disso...

Quem parar pra fazer um pouco de interpretação de texto na letra desta música consegue entender que ela fala um pouco deste preço que os autênticos pagam " Você que nem me ouve até o fim.
Injustamente julga por prazer ". Chega a passar um filme aqui na minha cabeça. Em quantos dedos eu conto todos aqueles que nunca perguntaram : ei Aline, quem é você? e já foram dizendo quem eu era.

Quando eu era mais nova, como era duro saber que estavam dizendo uma coisa que eu não era. E é ainda bem pior quando os julgamentos partem de quem não está tão longe de você. Às vezes, as piores facadas são de pessoas tão próximas e tão queridas, que, se não podem te entender, poderiam ao menos se calar.

Crescendo um pouco, você percebe que não adianta mesmo querer sempre responder ao que dizem de você. Quanto tempo eu teria perdido se fosse responder a todos? As coisas não mudaram, todo mundo julga um pouquinho todo mundo. A diferença é que algumas pessoas guardam para si e outras falam sem pensar, sem conhecer a realidade.

Eu cansei e me calei. Calei-me em presença, calei-me em palavras. Já aprendi que nada é de graça e eu prefiro pagar o preço pra ser eu mesma do que ser um robô das críticas alheias, uma marionete que vai de acordo com o que pensam de você. A minha melhor resposta aos julgamentos precipitados é continuar sendo eu. "Sou mais do que seu olho pode ver" e "não importa se eu não sou o que você quer".


E se a causa de todos esses julgamentos for a inveja, tá tudo ótimo então. Afinal, inveja é admiração. Vai ver a música tem mesmo razão, quem fala essas tolices, "me adora, me acha foda". ;)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Acaba hoje


Hoje é 21 de julho. Significando, portanto que amanhã 22, inicia o ciclo astrológico do signo de Leão. Quem não entendeu nada, eu explico. Entro agora no meu paraíso astral (é, eu acredito nessas coisas). E já que eu acredito no paraíso, claro que pra mim também existe o inferno. E foi justamente isso que foi esses meados de fim de junho e começo de julho. Um inferno.
No trabalho foi o pior lado do todo. Um dos meus colegas de trabalho entrou de férias, passei a fazer o meu trabalho e o dele. Descobriram uma merda no setor ao lado, que claro, não foi minha culpa, mas sobrou pra eu tentar solucionar, já que eles não fazem direito.
A impaciência tomou conta de mim, a insatisfação profissional e pessoal e corporal me faziam sempre estar de saco cheio. Nem sei muito se isto estava relacionado ao meu inferno astral, mas preferi culpar a isto que culpar as pessoas ao meu redor.
Teve um tempo, neste tempo, que eu comecei a pirar com essas ondas de regime e o meu complexo de inferioridade (é, eu sou meio maluca com isto), cheguei até a ficar meio deprimida e não era TPM.
Ainda teve um encontro com um bofe aí que nunca dava certo. Não deu, na verdade. Vamos ver agora se vai.
Mas enfim, tempos negros passaram e é chegado o SOL, literalmente o SOL, astro rei, regente de meu signo.
E sabe, até que passou rápido isso. Todos os dias eu rezava pra Deus me dar paciência, paciência, paciência e até que eu tive. Não estava feliz, mas aí já é pedir demais mesmo.
Estou colocando tanta força neste " paraíso astral " que é capaz mesmo de ele vir cheio de boas novas pra minha vida.
E hoje já tive esses sinais. A escada rolante de uma loja não estava funcionando, quando fiquei na frente dela, ela voltou a funcionar. Óh!
Essas coisas não explicam nada, não estão fundamentadas na ciência, mas é preciso se apegar a bobagens pra acreditar que a vida vai mudar, vai melhorar.
Se formos sempre adeptos do ceticismo, a vida vai ser sempre chata, pior, sempre sem humor.
Bem-vindo, Paraíso.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Abaixo o feminismo babaca


O texto de hoje teve a inspiração na conversa do jantar romântico com a minha amiga Layane. Mas antes que vocês pensem que somos lésbicas, abram suas cabeças e acreditem que amigos também podem ser românticos uns com os outros.

Enfim, ela comentava que não gostava que os seus namorados ou pretendentes pagassem nenhum tipo de programa para ela (jantar, cinema, lanche) para que depois, quando o namoro acabasse, ele não ficasse dizendo por aí que pagava tudo para ela.

Ora, Layane sofre do feminismo babaca de muitas mulheres.
O que há de mais no cavalheirismo de um homem?

É que as mulheres ficaram tão independentes, tão independentes (não que eu seja contra isso) que esqueceram que o homem tem sim que ser gentil.

A gentileza ultrapassa a guerra dos sexos. Assim como nós, mais novos, devemos ceder o lugar para os velhos (vc faz isso?), os homens devem sim dar passagem para as mulheres, abrir a porta do carro e se em condições, por que não pagarem a conta de um jantar?

Existe uma hora de parar de competir, de tentar ser homem. Não basta no trabalho? Temos que provar que se somos bonitas, somos também inteligentes. Que as duas coisas caminham perfeitamente juntas. Que se o nosso bumbum é bonito, nosso cérebro também funciona. Não estou incentivando nenhuma mulher a ser uma exploradora ou dependente do cavalheirismo de nenhum homem, só quero lembrar que existe a hora de deixar a guerra de lado e simplesmente ser mulher e
ser mulher nos permite algumas regalias.

Eu sei trocar um pneu (e me orgulho ao máximo disso), mas se algum homem se oferece para trocá-lo, porque eu preciso me matar me sujando? Só pra provar que também sei? Tolice. Se eu passei a noite me vestindo linda, gastei um horror em unhas e cabelos, por que que este homem não pode ao menos retribuir com a gentileza de me pagar um jantar? Ele se ofereceu, não pedi nada. Dê a chance de seu namorado exercitar o cavalheirismo, tão em baixa nos tempos de hoje.

Para as orgulhosas como a minha amiga Layane,
nada é de graça, certo? Então, encare isso como uma comissão para a ótima companhia que você está sendo. Para as mais flexíveis, permita-se. Permita-se ser mulher. Passamos tanto tempo assumindo os papeis de mães, chefes, gestoras, lutando por essa igualdade social de sexos que esquecemos de ser mulher. E apesar de sermos, sim, o sexo forte, não nos custa nada ser frágil quando nos é permitido. ;)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Arrume seu guarda-roupa


Segunda-feira eu tive um ataque de faxina e fui organizar meu guarda-roupa, que por sinal, há tempos necessitava ser revisto.
E não foi assim uma coisa planejada do tipo " hoje vou arrumar meu guarda-roupa ", simplesmente eu fui organizando umas que estavam por ali jogadas, depois fui vendo outras, quando dei por mim eram 2h da manhã e eu tinha de saldo uma caixa e dois sacos grandes abarrotados de roupas para doação e descarte.

Durante este processo de faxina encontrei dentro do móvel muito mais do rue roupas que não mais me serviam ou que não me agradavam, encontrei lembranças. Cada roupa que estava ali tinha uma história, um momento vivido, um choro, um riso, uma saudade.

Me vi abraçando uma bolsinha preta que eu tinha da marca Miss Young que me acompanhou em tantos lugares e eu nem sabia que ainda há tinha, nem lembrava dela mais até. Mas foi só a ver que uma volta ao passado tomou conta do meu espírito.

Difícil mesmo foi me desprender de um moleton do South Park esverdeado que minha mãe me deu. Usava muito nos tempos da escola. Cheguei até abraçá-lo de tanta saudade. Não da roupa, mas da Aline aquela época, que passou. Depois que coloquei a bolsa e o moleton, tudo foi mais fácil de jogar... e eu não estou falando só de roupa não.

Naquelas prateleiras tinha muita peça que não me servia mais, que não adianta eu guardar pensando "quando eu emagrecer de novo, vai me servir". Tinha tb peças que me serviam, mas que eu não uso mais por qualquer motivo, até pela mudança da moda, mudança da fase e que podem até ainda dar no meu corpo, mas já não combinam mais comigo. Estas também foram repassadas pra compartilhar com outras pessoas.

O que eu quero dizer é mais do que arrumar o armário bagunçado e fazer caridade com as peças que não se quer mais. Todos nós temos um guarda-roupa imenso dentro de nós. Lá tem peças que não são mais úteis como a mágoa, como o orgulho, como o sentimento de vigança.
Tem também as que podemos compartilhar com quem não tem, como o conhecimento, as histórias, o perdão. Coisas que amontoamos no dia-a-dia, mas que na verdade só estão nos impedindo de comprar roupas novas.

Meu roupeiro estava tão cheio de coisa que eu não uso que eu até pensava ter muitas roupas, mas depois de arrumadas e repassadas dava pra ver que muita coisa que estava ali era inútil. Quantas coisas inuteis também existem dentro de nós?

Jogue fora aquilo que não presta. Doe aquilo que pode ser compartilhado com os outros.
E quando estiver tudo no seu devido lugar, se você achar que seu guarda-roupa estiver vazio, não tenha medo, compre roupas novas.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Corinthians: do poço ao pódio


Ontem, vendo a alegria da conquista da Copa do Brasil pelo Corinthians me lembrei da cena de choro coletivo quando o time foi rebaixado no campeonato Brasileiro. Lembro que, assistindo as cenas em algum programa de esporte, eu, que nem gostar do Corinthians gostava, me comovi com a frustação daquela torcida que acreditava até o último minuto que o time poderia escapar de descer para a série B.
Mas isso não aconteceu e o Corinthians foi brilhar na segundona , se tornando campeão com 4 jogos de antecedência para o fim do campeonato.
E por coincidência, eu que não acompanho o Corinthians, também vi esta cena. No estádio ao som de Roberto Carlos e o seu "eu voltei, agora pra ficar", os torcedores novamente se esvaiam em lágrimas, mas agora com um sorriso estampado.
Começava aí o furacão que iria arrastar quantos títulos lhe viessem à frente. E para ser um fenômeno da natureza, veio Ronaldo, o fenômeno do futebol. E ninguém mais estava tão a cara do time quanto ele, os dois estavam de volta e se recuperando dos baques.
O Brasil torcia, a cada jogo, pela recuperação do ídolo do futebol do país, vibrava a cada gol dele, esperava que sua estrela de fenômeno voltasse a brilhar. O Brasil era Ronaldo, a mídia era Ronaldo, os adversários respeitavam Ronaldo, e Ronaldo era Corinthians, seus gols eram do Corinthians. Desta forma, cada brasileiro, mesmo involuntariamente, torceu junto com os Corinthianos.
Não se sabe se apenas por competência ou se também pela ajuda das boas vibrações de todos, mas depois daí não teve quem segurasse o alvinegro.
Após a brilhante campanha na série B, o Campeão Paulista também tinha as cores do Coringão. E era neste alto bom som de " Ô o Coringão voltou, o Coringão voltou ô " que a torcida fanática comemorava, ontem, mais um título, o de Campeão da Copa do Brasil 2009 em cima do Internacional de Porto Alegre no Beira Rio. E olha que irônico, foi a mesma Porto Alegre que locou o jogo em que ele foi oficialmente rebaixado em 2007. Mas a comemoração ainda tinha a cereja do bolo, não era apenas por ter sido campeão que aquele povo endoidecido cantava os hinos de torcida, era pela vaga na libertadores que o título dava ao time. E estava traçado o caminho do Corinthians: da segunda divisão para a Libertadores da América.
Por parte da equipe técnica, que aliás merece todas as congratulações, ficam as promessas de atingir aos objetivos de ganhar o Campeonato Brasileiro e ser campeão das Américas no ano em que o time completa 100 anos. É muito? É, mas no embalo que o Corinthians está, quem o segurará?
Enfim, eu não sou Corinthiana, e sinceramente, estava torcendo para o Inter ontem, aliás, não queria papo com o alvinegro que tirou o sonho de voltar à libertadores do meu querido Fluminense pela Copa do Brasil. Porém, sejamos justos, é bonito ver a recuperação, tanto de Ronaldo, quanto do Corinthians. Dá gosto ver como ambos submergiram do fundo do poço para o pódio.
Não é a toa que Futebol é paixão nacional.
O Futebol serve pra nos ensinar a viver. Às vezes se perde, às vezes se ganha, ora se é rebaixado, ora se é campeão, mas o importante mesmo é não desistir do jogo.
Parabéns Corinthians!