quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Brasil, um país livre - até demais!

Vendo a situação em Honduras percebo o quanto não damos valor à liberdade que temos neste país. Aqui todo mundo diz o que quer, onde quer. Tem manifestação até pra arrumar namorado no Rio de Janeiro. Tem palavras de baixo calão no Senado. E, se isso não resolver, ainda temos os 140 caracteres livres do twitter para desabafar.

Vendo aquelas propagandas dos familiares dos presos e mortos pela ditadura percebo o quanto a minha geração, que já nasceu fazendo o que bem quer da sua irresponsabilidade, não consegue calcular o quanto os jovens do passado lutaram para que hoje pudéssemos escolher nossos representantes. E mesmo assim, temos preguiça de ir votar, escolhemos qualquer um, reelegemos o corrupto ou votamos no irmão do nosso amigo que nem sequer sabemos o histórico escolar.
E claro que mesmo que reconheçamos o valor dos jovens da ditadura, esta avaliação sempre será superficial, porque para nós, cheios de blogs, orkuts, msn's, é quase inimaginável que alguém não possa dizer o que quer, que possa morrer por ter dito. Que possa - minha nossa - ter sido torturado.

Somos mesmo habitantes de um país livre, de homens e mulheres livres. E quanta liberdade tem as nossas mulheres ein? Usam a roupa que querem, mostram os órgãos genitais que querem, onde querem e pra quem quiser ver. Escolhem seus maridos a dedo, casam pelos mais variados motivos e se separam na velocidade da luz por outra diversidade de razões. Enquanto em sociedades distantes elas não podem nem mostrar o rosto, não tem direito à escolha, nem sequer ao orgasmo. Existem culturas africanas que cortam o clitóris das mulheres. Dá pra imaginar as fogosas brasileiras sem seus clitóris?

O que me entristece é o mau uso desta liberdade. Existe tanta coisa errada, digna de usar o direito livre de protestar, mas os jovens preferem usar sua liberdade enérgica para pichar o patrimônio histórico. E os nossos políticos tem tanta autonomia, mas preferem se digladiar numa guerra de partidos e ego do que resolverem os problemas existentes no Brasil. Aliás, eles são tão livres, que roubam o quanto querem, desviam recursos dos necessitados e ainda têm a audácia de se candidatarem novamente. E não é que eles voltam ao poder depois de umas eleições quando seu passado foi, assim digamos, esquecido?

E nós? Nós preferimos mesmo ver as novelas, os telejornais e culpar os políticos, que, como eu disse anteriormente, são nossos porque fomos nós que os escolhemos, do que sair do particular mundinho capitalista de ascensão profissional e pessoal para fazermos alguma coisa em prol deste país. Guardamos nossa energia free para o carnaval e para o futebol. Muita liberdade, pouca consciência. Assumimos o papel de vítima, temos a escolha de ficarmos inertes. Afinal, este é um país independente. País de um povo livre e escravo da ignorância.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Fotos do vestido


Como prometido no post "
um vestido inédito" aqui estão as minhas fotos com o vestido da querida Elaine Garcia.
Pra quem não leu, Elaine, desprendidamente, me emprestou o vestido para eu ir à formatura da minha irmã agregada Débora Cristina. Obrigada novamente, todos elogiaram-me.




domingo, 27 de setembro de 2009

Domingo de pizza

Domigo, dia comum, passeio comum, lanchinho comum no final da noite. Seria sim, se eu não estivesse acompanhada do preto mais gaiato que existe: Júlio Marks.

Depois de uma ligação, combinamos de ir comer pizza. Mas no meio do caminho eu já disse que poderiamos mesmo comer qualquer coisa. Passeando, passeando, vendo várias opções lotadas de onde comer em Manaus, finalmente o Júlio para na famosa padaria que alimenta seus intervalos da faculdade.

Entramos, vimos algumas opções, nada que tenha me agradado e saímos. Enquanto eu tentava lembrar o nome da pizzaria
que iríamos (decidimos que ía ser pizza mesmo) eu avisto na minha frente, de costas, uma cabeça com uma iminente careca. Seria ele? Então, ainda sem vê-lo, ouço sua voz. Minha nossa, seria mesmo ele?

É, era ele, o topo poderoso no meu coração já citado em diversos posts como "tudo bem", "a mulher de césar" e "eu,robô", J.C.R.F, em carne e osso e no plural. Nossa, e depois de 1 ano longe dele posso dizer que muito mais carne do que osso.

Meus olhos precisaram mesmo confirmar quem era, havia pensado justamente se ele poderia estar ali enquanto Júlio e eu estacionávamos. E ele estava, para minha surpresa. Ao vê-lo, de frente, precisei até mesmo inclinar a cabeça 15 graus à esquerda para ter absoluta certeza que eu não estava confundindo outra pessoa.

-Tudo Bem, professor?
É, nunca sei se posso comprometê-lo ao chamá-lo pelo nome, prefiro chamar de professor.
- Tudo bem - disse ele, assustado também, simultaneamente se direcionando para me dar gentis e educados dois beijinhos no rosto que eu não consegui sentir pois meu corpo estava dormente de nervosismo.

É claro que nestes dois minutos o mundo parou. Parou pra mim, mas o Júlio ainda estava lá. Só que o mundo parou tanto que o Júlio ficou lá, parado, estatelado, olhando pro homem. Olhando como quem olha um artista. Falo tanto dele assim Júlio?

Foram 10 segundos olhando fixamente pro homem sem se dizer uma palavra e com um sorrisinho no rosto. O transe do Júlio só foi quebrado porque o todo poderoso resolveu cumprimentar aquele rapaz que lhe olhava.

-Tudo Bem? - disse ele erguendo a mão.
-Oi, tudo bem! - disse o Júlio, acordando, sorridente devolvendo o cumprimento.

Óbvio, que o todo poderoso achou que o Júlio era meu namorado. Normal, afinal todos acham mesmo. Mas com certeza ele teve motivos pra achar que era mesmo, afinal o meu querido amigo passou 10 segundos olhando pro homem. Mesmo depois de eu já terminado de cumprimentá-lo. Eu ali no meio dos dois, também não consegui me pronunciar. Foram 10 segundos de absoluto silêncio.

Depois disso eu realmente não tive mais nenhuma reação. Fui em direção ao carro sentindo meu peito arder. Na hora que eu o vi, meu coração não bateu forte, como das outras vezes, mas depois que eu vi que eu realmente tinha encontrado J.C.R.F senti um ardor, uma palpitação. Era a minha vez de entrar em transe, fui acordada apenas pelo barulho do alarme do carro do Júlio.

Escrevendo esta história eu percebo que eu e Júlio nem dissemos tchau. Eu segui em frente e ele veio logo atrás. Nem olhar pra trás eu olhei. Como é bom ver este homem...

A nossa vida não é mesmo nossa. Sair de casa é sempre uma grande decisão, pois tudo pode acontecer. Nada, nada tem 100% de planejamento. Nem um domingo à noite é isento de fortes emoções. Por isso que eu não vou mais sair desarrumada e sem maquiagem. ;)

Pensando bem, até poderia ser normal se eu tivesse saído com qualquer outro amigo meu, mas eu saí com o Júlio Marks, e com ele nada é tão comum assim... No fim, depois de longas risadas ao lado do meu amigo e da nossa imagem congelada, posso dizer que o domingo, apesar da situação inenarrável, acabou mesmo em pizza.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Um vestido inédito

No post "Tudo Bem" eu falei do complicado problema de julgar as pessoas por nós mesmos. Se somos boas pessoas ficamos chocados com as pessoas não são tão legais assim.

E eu venho tentado trabalhar isto sabe, pra não ficar esperando que as pessoas sejam comigo tão honestas, tão verdadeiras, tão responsáveis ou [só] tão decentes comigo como eu seria com elas. Mas existem pessoas que acabam com este meu trabalho psicológico.

Eu falidérrima, com os cartões de crédito estourados por causa de umas passagens e economizando ao máximo para ir ao Rio de Janeiro [sempre lá] coloquei no meu nick " alguém me dá um vestido de baile novo? " para eu justamente ir para a festa de formatura de hoje, da minha irmã fake.

Veja bem que eu tenho vestidos em casa, mas eu sou mulher, caramba. Quero um novo, não quero sair com o mesmo das outras fotos. Mas quem poderia me entender mesmo? Só outra mulher tão leonina quanto eu.

Eis que ela, Elaine Garcia, acaba com o meu exercício de não esperar mais nada das pessoas e, mesmo nem me conhecendo tão profundamente, mesmo nem sendo a minha amiga de séculos, mesmo só sabendo de mim por este blog mesmo, me oferece os vestidos dela e o da amiga dela [essa mesmo que nunca me viu em tempo nenhum].

É ou não é pra acabar com qualquer pensamento de que o mundo não tem mais salvação? É ou não é pra se esperençar um pouco mais com o coração das pessoas?

E se pra vocês é só um vestido? Que pena! Pra mim é o desprendimento de uma pessoa emprestar uma coisa sua sem nenhuma garantia de quem eu seja. E ainda envolver mais uma amiga para me ajudar.

Neste mundo capitalista onde as pessoas estão cada vez mais apegadas à matéria do que ao espírito, onde fazem questão de cada fiapo de papel só pra dizer "é meu", não tinha como não postar a minha felicidade aqui.

O grande ponto da história é a solidariedade. Pessoas que se importam com os problemas alheios, sejam eles o tsunami ou só um vestido inédito pra posar no baile de formatura da irmã. Simplesmente porque se importam, simplesmente porque são boas pessoas.
Elaine, você acabou com meu exercício de não acreditar mais nas pessoas. Obrigadão mesmo!
;)

ps: não costumo postar fotos minhas, mas depois coloco as fotos com o vestido por aqui, porque este vale a pena.

domingo, 20 de setembro de 2009

Água que cai do céu

Sabe aquela música " envelheci 10 anos ou mais neste último mês ". Envelheci mesmo. Se notarem todos os meus últimos posts foram sobre isso. Sobre crescimento, decisões, mudanças. Minha nossa :O Tô cansada psicologicamente.

Sexta-feira, eu estava tão atordoada que minha cabeça estava meio em parafuso. Com uma agonia tipo aquelas quando você tem que fazer várias coisas ao mesmo tempo. Mas eu nem estava fazendo várias coisas ao mesmo tempo, eram meus pensamentos que estavam todos juntos em diversos lugares, na verdade, em diversos problemas.

Mas algo de bom aconteceu, choveu em Manaus. E choveu meeerrrrrmo (como diriam os meus namorados cariocas). E eu ali ouvindo o temporal cair do meu trabalho com salas fechadas, sufocada, aguniada, presa. Explodi. Era hora do almoço e resolvi pedir licença da minha chefa para ir para casa.
- Na chuva? - disse ela, assustada
- Por isso mesmo. disse eu, resolvida.

E fui. Desci a ladeira da Major Gabriel alegre e satisfeita, sentindo os pingos de chuva cairem em mim. Tirei os sapatos. Olhava para o céu. Abaixava a cabeça quando caíam aqueles raios estrondosos que eu adoro, mas me dão medo. E descia a ladeira, feliz, com todos me olhando. Certa de que Deus está aí em cima olhando tudo mesmo. Aliás, toda vez que chove minha fé se reafirma.

Eu adoro mesmo a chuva. A vejo como o mais belo dos fenômenos da natureza. Água que cai do céu. Me senti meio em dívida com o Céu. Ando realmente olhado muito pouco para cima. Estou cheia de problemas, resolvendo mil coisas, tomando diversas decisões e olhado pouco para cima. Mas só de cima que pode vir a melhor decisão.

Isso me entristece.
Não dá pra viver sem Deus pra mim. De alguma forma claro, Ele está aqui regendo minhas decisões. Tem tudo dado certo na sua maneira. Mas eu tenho agradecido pouco. E olha que eu sou tão paparicada pela graça Divina que deveria agradecer ao menos uma vez por dia... [ suspiro]

A chuva lavou minha alma. Ela sempre lava. Ele sempre lava. Me senti presa nas salas do trabalho, mas na verdade estava me sentindo presa nos meus problemas. E apesar de eles ainda estarem aqui, tenho certeza que se resolverão. Aliás o bom de amadurecer é saber que estas agonias não são eternas. Mas enquanto não, vale sempre ter uma água benta renovadora caindo do céu.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Leonina, com todo meu orgulho!

Recebi da Chris um e-mail que dizem que são os signos definidos pelo Cristian Pior. Apesar de bem pior mesmo de tudo que já li, é engraçado e me identifiquei em mtas coisas. Em destaque as que eu mais gostei.

Antes de qualquer coisa, quero dizer que amo este signo.Amo.Queria ser leonino.E me dou bem principalmente com pessoas deste signo.
Leão é o líder, o rei , o brilho , mas inseguro, precisa de adornos e mimos, senão, sua auto estima é como a de uma ameba na quaresma.
Elogie-o, finja que a opinião dele é a suprema, e que sem ele, sua vida seria uma vida vulgar e miserável, típica de personagem secundário de novela do SBT.
derruba-lo?
Ignore-o, zombe dele, ria das suas roupas e modos exagerados ,não aceite suas verdades prontas e você verá este felino louco, chorando pelas selvas da vida.

Leão é bem generoso, sempre dá um bom presente e mesmo quando pobre, ele se destaca pelo bom gosto e pela ambição.
Ele sempre será (junto com seu irmãozinho taurino) aquele que venderá as garrafas velhas do quintal, para comprar a linda camiseta para o baile da escola(enquanto o irmão taurino, guardará o dinheiro)
Leão quando decide conquistar algo ou alguém, é um inferno, porque ele consegue, porque te cerca, te segue, perturba.
Sabe aquele magrelo galanteador que te liga toda hora e se acha?
Aí de raiva, cansaço e curiosidade, você cede só por um pouquinho e descobre que o beijo dele é bom, que ele é carinhoso e quando você percebe...
È toda dele,MEDA!
È ciumento, dramático e cheio de barracos.
E cuidado com amantes leoninas.Elas de alguma forma, conseguem se tornar as primeiras damas, até porque não suportam a hipotese de serem a segunda opção.
Frases bem tipicas de leão:
'Vou te dizer uma coisa'...
'A verdade é que...'
'Vou te dar um conselho'
'Posso falar'?
E por aí vai...
As leoninas são rainhas de tudo, o pobre homem que as servir será sempre um súdito.
Porque são bravas, gastadeiras e querem atenção o tempo todo.
Manhosas, adoram criar um conflito só para no final, ganhar no debate.
Mas em geral são fiéis, dedicadas e muito fogosas .
Egoístas , podem desequilibrar os parceiros com ciúmes e exigências.
Mas no geral este signo quando está equilibrado(ou seja,no comando de tudo) , é cheio de vida, calor e humor.
Tem ambição, trabalham bem e sim, querem ser reconhecidos.
Amam aparecer, amam o destaque, o palco, a vida.
Não existem muitos leoninos por aí.
Até porque realeza, não se acha em qualquer esquina, pessoas.
Na firma, sobem de cargo rápido e no refeitório, sempre estão ao lado da chefia.
E mesmo se for mecânico, com a roupa toda suja de graxa, o cabelo estará impecável, todo leão tem uma relação forte com o cabelo.
Leoninos famosos:
Madonna ,Mick Jagger, Caetano Veloso ,Jeniffer Lopez, Sean Penn, Emilio Surita ,Jack Onassis , Coco Chanel , Daniela Mercury ,Elba Ramalho , Fabio Assunção (e mesmo com os atuais problemas é lindo e bom ator) e aquela sua tia que fala alto e usa roupas exuberantes e com decotes mesmo com 54 anos.
Grifes leoninas internacionais:
Versace, Dior ,Valentino , Pucci , Lacoste ,Victoria Secrets ,Vivienne Westwood , Halston e Adidas.
E no Brasil:
Fause Haten, G (Gloria Coelho) , André Lima,Tufi Duek, Maria Helena Lacerda, Fernando Pires.
Ou vintages de Dener e Clodovil .

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Crescer dói

Eu já tinha me tocado há um tempinho que crescer não era assim a coisa mais fácil do mundo. Mas nestes últimos tempos eu descobri que é só um pouquinho pior do que eu imaginei. Crescer dói.

Sabe aquelas histórias de pessoas que passam anos em empregos que não os satisfazem só porque pagam bem e precisam do dinheiro para o sustento. Caramba, elas existem de verdade e são capazes mesmo de deixar todo o resto da sua vida infeliz.

Isso me faz lembrar a infância, quando não nos adaptávamos à escola e nossos pais nos transferiam para outra. Era fácil. Na infância tudo é bem fácil se olhado pelo ângulo da responsabilidade. Quando pequenos as grandes decisões são sempre dos "gente grande".

Ainda nas lembranças da infância e fazendo o comparativo escola x trabalho, vejo meus irmãos com problemas na escola, e quem bate na porta da diretora para resolver? A mamãe. Quando crescemos não dá pra chamar a mamãe pra resolver as coisas. Não dá pra mamãe vir aqui na Seplan resolver meus problemas, tenho eu mesma que escolher as palavras pra dizer as coisas que quero.

É claro que você deve conhecer muitos grandes que a mamãe ainda resolve os problemas. Sabe por quê? Porque crescer é uma escolha. E tem que ter uma baita coragem pra isso. Crescer é doloroso. Bem trashmente comparando, imagine que temos um punhal enfiado no peito desde que nascemos, que tá lá na boa, mas conforme vamos amadurecendo, o punhal precisa ser desencravado. Dolorosamente desencravado. E o pior de tudo é que é pela nossas próprias mãos.

Mas esta dor só sente quem escolhe sentí-la. Por isso que tem tanta gente por aí alienado, infantil., irresponsável. Deixar as decisões nas mãos dos amigos, do marido, do namorado ou sempre culpar alguém pelos seus problemas é simplesmente se eximir de crescer.

Crescentes não inventam desculpas pra não assumir os erros. Porque o crescimento é uma tarefa que exige dar a cara pra bater e mais, espere o tapa porque sempre tem alguém disponível a fazer isso. É assumir as merdas. É decidir o caminho sem garantia nenhuma de que ele vá dar certo o caminho certo. É ficar ter insônia pensando nisso.

Voltando ao meu comparativo de escola x trabalho. Crescer é decidir bater na porta da sala da diretora sozinha, no caso, agora, na porta do chefe. Doendo ou não, eu já fiz a minha escolha. Educadamente: - Toc Toc.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Meu complexo de inferiorade

Eu já citei várias vezes em alguns posts o meu complexo de inferioridade. E como no post anterior eu disse que cansei de sentir essas coisas, é hora de falar dele pra ver se ele se dissolve.

Fui enorme de gorda a minha vida toda, até os 14 anos, quando sei lá, do nada, resolvi emagrecer. Acreditem, foi do nada. Estudei esta vida gorda toda no Centro Educacional Santa Teresinha, o Cest. E acreditem novamente, era um colégio só de meninas. De meninas magras e crueis.

Na infância, toda vez que brincava de manja, quem que corriam pra pegar primeiro? A gorda é claro. Não bastava mesmo me chamar de apelidos tão terríveis, precisaram ainda dizer que eu era machuda, só porque eu era a baleia assassina da sala.

Já pela adolescência, eu me lembro uma vez que eu tava andando na rua, indo pra casa da minha bisavó e passei por dois meninos, adolescentes mais velhos. Caminhei aqueles passos já meio constrangida de passar, porque já conhecia aquele olhar de chacota dos meninos da rua. Mas foi bem pior. O menino que eu passei jogou uma pedra bem na minha direção que bateu na parede ao meu lado e o outro, vendo que a pedra quase me acerta disse: - ei cara, quer matar a gorda?

Nossa, faz tanto tempo que eu não penso nisso. Aliás, nunca disse isso pra ninguém. E apesar de não lembrar, nunca esqueci. Relembrando agora, meus olhos ficam cheios d'água agora... quão malvadas são as pessoas com as que não são iguais a elas.

Na adolescência, as coisas pioram mais um pouco mesmo. Lembro de uma aluna, a Gisele, que foi extremamente cruel comigo sempre e pior sorrateiramente. Daquele tipo de pessoa que fica mangando de você por trás, e quando você olha, a dita volta ã posição normal. Um tempo desses vi uma pessoa que parecia com ela por aí, estava pior do que era...


Mas foi justamente nesta fase que eu ganhei um pouco de respeito. Não porque eu exigi. Nunca fiz isso, nunca me manifestei pra revidar ãs humilhações que recebi. Tão diferente da mulher que sou hoje. Mas ganhei respeito por uma coisa que eu nem sabia que tinha na época, minha querida inteligência.

Uma vez saiu uma lista das melhores alunas das salas do colégio e meu nome estava em segundo. Caramba, sempre foi tão fácil estudar pra mim, sempre foi tão prazeroso que eu nem fazia isto pra ser a melhor aluna. Era natural... Mas quem poderia imaginar né que a gorda que senta lá trás é uma das melhores alunas da sala e tem o seu nome colocado na parede? As bonitinhas eram burras... e foi neste dia que eu escolhi que queria mesmo era ser inteligente.

Na oitava série, ano 2000, eu resolvi emagrecer, assim, ninguém me disse, não me apaixonei por ninguém. Sei lá, só resolvi emagrecer e emagreci. Um a um, passando fome, entrando em depressão e continuando a ser uma das melhores alunas, eu perdi 16 quilos. Saí da escola no final do ano.

Só que a história não acabou, o corpo era magro, mas eu ainda me sentia gorda. Lembro que nas férias de janeiro de 2001, fui para Natal - RN e levei um maiô. Por lá, minha prima jaíne encheu tanto meu saco que saímos pra comprar um biquini. Foi a primeira vez que eu me lembro de ter usado um biquini na vida. Um biquini azul, que tinha florzinha na alça. Neste dia, 25 de janeiro de 2001, conheci um carinha lindo na praia que deu em cima de mim e ficamos o resto do veraneio.

Mesmo com tudo isso, desde todos esses anos, eu nunca me senti bonita de verdade. Se eu tivesse que disputar com qualquer outra garota um cara, jamais, nem entrava na disputa porque já achava que ía perder. Acho todas as namoradas que me sucederam depois que os meus namorados viraram ex's, mais bonitas que eu, mesmo que a Jaíne diga que elas são horríveis.
Eu tive uns caras muito bonitos durante minha vida toda, mas sempre achei que era sorte ou falta de opção da hora.

Mas desde ontem, anotem aí, 13 de setembro de 2009, eu decidi que já é hora de parar com isso. Graças a Deus que eu fui gorda mesmo pra que eu não me tornasse essas meninas ridículas do Santa Teresinha, pra que eu me tornasse inteligente e sabendo respeitar os outros. Se isso aconteceu pra eu não ser como elas, agradeço todas as humilhações que recebi. Mas enfim, já cumpriu seu papel.

Decidi que vou de alguma forma ou de outra dizer todos os dias pra mim que sou bonita sim e que posso ter o homem que eu quero porque posso tê-lo. E que todos os babacas que tive na vida que me trocaram, me trocaram porque eram babacas. Onde eu tava com a cabeça que não entendia isso antes? E que se um dia eu quiser algum cara que outra também queira tenho as mesmas chances de tê-lo que ela.

E a partir de hoje eu vou passar a acreditar quando um cara diz que eu sou bonita. Antes eu pensava que ele estava dizendo isso só pra me comer. E mesmo que ele esteja, o que o impede de querer comer uma mulher bonita? Nem que eu tenha que todos os dias acordar e dizer pro espelho que eu sou bonita, eu vou me curar deste meu complexo de inferioridade. Porque por mais que eu possa pensar que é uma mentira, não é a mentira que dita cem vezes se torna uma verdade?

Não faço questão nenhuma de ir às reuniões de boas lembranças que as meninas do Santa Teresinha me convidam algumas vezes. Deve ser justamente porque eu não tenho boas lembranças delas. Se as encontro, cumprimento e adoro perceber o rosto chocado ao vê-las me ver. E quando as vejo, gosto mais ainda de ser quem eu sou.

Encerro este decreto, porque isso é mais que um post, agradecendo às pessoas que sempre me viram muito antes de eu me enxergar:

A Chris, que estudou comigo no Santa Teresinha e foi minha amiga quando eu era gorda, quando eu era feia, quando eu não acreditava em amor. Quando eu ainda não era nada, pra ela eu já era muita coisa. Ela é uma pessoa que sempre soube me ver por trás da embalagem. Amo você Chris.

E obvio, a já citada, Jaíne, minha prima. Que me incentivou a usar um biquini, que me mostra com a delicadeza de um elefante doido como as namoradas dos meus ex's são horríveis e que me diz toda hora "mana, pelo amor de Deus, tu é bonita". De certa forma, se eu sou um pouco mais vaidosa hoje em dia, é culpa da Jaíne, porque ela, do jeito patricinha dela, sempre me incentivou a tirar a aline bonita que se escondia em mim. Obrigada prima.

Por fim, que fique sabido, pra mim e pra quem queira, que vou me curar desta maluquice que só me atrasa e me deixa infeliz. Quando eu não estiver me sentindo bonita, eu vou caminhar e emagrecer. Pintar os cabelos, sei lá, qualquer coisa. Menos me afogar na depressão que eu estava me afogando. Porque podem até existir muitas mulheres bonitas por aí mesmo, mas eu tenho um grande diferencial, eu sou bonita E INTELIGENTE! Amém!


Eu e Jaíne, no último sábado, brindando à minha decisão de por um fim ao meu complexo de inferioridade com capiroscas de morango e kiwi. Delícia!

sábado, 12 de setembro de 2009

Chega de esperar o trem

Enfim. Resolvi sair deste buraco que me meti. Chega de medos. Chega de traumas da adolescência, chega de complexo de inferioridade. Tô cansada de me sentir gorda, feia, de me sentir infeliz. Tô cansada de só esperar. Acabei de acordar e acordei assim, disposta a revolucionar a minha vida.

Se eu não quero mais trabalhar onde trabalho, eu vou sair oras. Não vou passar fome, só vou dar uma queda no padrão de vida que levo. Adeus zilhares de compras no cartão de crédito. E também não é pra sempre, é só por um tempo...

E se eu quero estudar em outro lugar, digo fora de Manaus, eu vou ué. Do que eu tenho medo? Graças a Deus eu tenho família e mesmo em qualquer lugar do país, eles continuarão sendo minha família. Quanto mais eu me enraizo em Manaus, mais longe eu fico de realizar um sonho.

Eu sempre fui assim, independente, se queria ir, eu ía. Nunca fiquei esperando ninguém me levar. E por algum motivo nesses últimos meses eu me mergulhei numa insatisfação profunda com meu trabalho, minha vida. Fiquei inerte, sentindo como se já tivesse passando da hora de eu buscar planos mais altos...

Tenho ficado em casa constantemente, o que por um lado é bom, porque economizo dinheiro. Mas o ruim desta história é que tenho ficado em casa porque não tenho me divertido lá fora. E isso é preocupante. Aí se eu não estou me divertindo, por que eu vou sair só pra gastar dinheiro? Ah, prefiro ficar mesmo.E não tem nada demais em ficar em casa, o que não pode é eu também não ficar bem, nem em casa.

Sabe o que é, de verdade? Eu me cansei do papel que eu mesma me atribuí, de pobre menina solitária. Eu me cansei destas coisas por aqui, cansei dos mesmos papos, dos mesmos lugares, das mesmas pessoas. Tudo se tornou pequeno demais pra mim. Só que eu não fiz nada pra mudar isso. Fiquei aqui, em casa, de saco cheio.


E em casa o que eu fiz? Fiquei aqui pensando em como seria legal eu estar apaixonada e ter um namorado legal pra ir ao cinema. Caramba, eu não quero um namorado. Se eu quisesse me dava esta oportunidade. No máximo eu gostaria de ter um amigo colorido pra gente se ver em sextas-feiras de muito calor. Eu quero mesmo é fazer mestrado. É o que eu quero de verdade.

No meio das minhas lamentações de engordei, não tenho namorado, trabalho num lugar que não me satisfaz mais, estou sozinha, não me divirto com os papos das minhas amigas , não me acho bonita. No meio de todos estes transtornos, me afundei na internet. Até que saíram umas coisas legais do mundo virtual que eu criei, mas afundada na internet eu deixo mais ainda de viver o mundo real. E é no mundo real que estão os projetos que quero realizar.

Me sinto como se eu tivesse numa estação de trem vendo um monte de gente ir e vir, chegar e partir e eu sentada no banco, com o bilhete na mão, sempre adiando a hora de escolher um trem, que quero partir. Mas já chega disso. Claro que não dá pra ir agora mandar algumas pessoas tomarem em seus devidos lugares, pegar um avião e ir pro Rio de Janeiro. É preciso paciência e planejamento. Mas paciência nao é ficar parado, inerte. É deixar tudo arrumado pra hora certa de dizer: FODA_SE!

Infelizmente, as coisas não vão cair do céu e muito menos serem de graça. Agora, vou me despedindo, porque eu ainda realmente acredito que aquele monte de lamentações sejam verdade, principalmente a parte do "engordei". Mas não estou fazendo nada pra mudar. Por isso, é hora, literalmente, de acordar, levantar, desconectar e caminhar. É hora de escolher e pegar o trem.
;)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Uma imagem que valeu mais

Bati com a cabeça neste feriado? Acho que sim. Tenho pensado e sentido umas coisas que, peloamordi, não dá pra acreditar que estejam me pertubando tanto.

Passam umas pessoas na minha vida que eu ponho inúmeros defeitos. (É eu admito que a culpa é minha). Pessoas que me tocam, pessoas que eu sinto o cheiro, sinto o gosto e depois de sentir, quero cuspir. Justamente por isso, por não querer quem quer me conhecer e nem querer os só de uma noite, eu resolvi ficar sozinha.

E absurdamente, desprezo os de carne e osso e passo a querer uma imagem. No primeiro dia de pensamentos eu não liguei, atribui à carência. No segundo, eu só curti. E agora eu já começo a me preocupar, porque parece que está pertubando um pouco mais do que no primeiro dia. Me sinto mais idiota ainda por me preocupar com isso...

É apenas uma imagem e ela fica rodando, rodando, rodando na minha cabeça. Na hora que eu acordo, na hora que eu durmo. Na hora que eu conecto...

Eu, como publicitária, nem deveria me espantar tanto assim com este poder. Mas tudo muda quando é a sua vida que a tal da imagem pertuba. Neste feriado eu aprendi, na pele, o verdadeiro sentido da frase " uma imagem vale mais que mil palavras "

Mas enfim, como esse efeito imagem pode passar amanhã ou me confundir mais alguns dias, me previni e já cortei o mal pela raiz. E né que doeu? Ainda nem consigo acreditar que o corte doeu. Melhor assim, enquanto eu não me acho, o melhor que faço é não me perder.


Dos lábios que me beijaram,
Dos braços que me abraçaram
Já não me lembro, nem sei...
São tantas as que me amaram!
São tantas as que eu amei!
Mas tu - que rude contraste!
Tu, que jamais me beijaste,
Tu, que jamais abracei,
Só tu, nesta alma, ficaste,
De todas as que eu amei.

(Só tu de Paulo Setúbal)


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Uma nova pista de corrida

Ontem eu fui assitir a animação UP, altas aventuras. Caramba, já comecei os primeiros 10 minutos do filme chorando. Gosto desses tipos de desenhos que levam uma mensagem, não é só besteirol. Bem verdade que o desenho é bastante engraçado, mas eu sai do cinema mais pensativa...

No desenho, o personagem principal tem grande dificuldade de se desapegar a projetos traçados no passado e passa o finzinho de sua vida se lamentando por não tê-los realizados. Esse lamento chega a ser tão pesado que reflete em rabujice. Então, ele parte para realizá-los, e quando realiza, percebe que não é bem isso que o faz feliz.

Aí como eu sou maluca a ponto de chorar e refletir sobre um desenho animado, eu vim escrever,afinal este é um blog de pensamentos meus. E com os meus botões eu calculei o quanto é difícil desistir. É, desistir desses projetos que alimentamos desde criança, que estamos tão obcecados em realizar que nem paramos pra questionar se eles realmente são para gente.

Nem sempre um sonho de uma vida inteira é realmente o que vai nos fazer feliz. Não dá pra achar que só seremos felizes se o sonho se realizar. Ficamos tanto tempo bolando maneiras de concretizar este tal sonho que acabamos por não ver que talvez a felicidade esteja mesmo é aqui.

Olha, antes de encerrar eu só quero deixar claro que eu não estou estimulando ninguém a não correr atrás do que quer ou do que acredita que vá fazê-lo feliz. Aliás, acho bem válido que as pessoas tenham um rumo a seguir, porque pra quem não sabe pra onde vai, qualquer lugar serve. Só estou mesmo propondo uma reflexão sobre o quanto tem de determinação e o quanto tem de teimosia nesta corrida ao pote de tesouro.

Será que de vez em quando não é bom darmos o braço a torcer é dizer "é, eu queria muito, mas não é pra mim"? E a partir daí, replanejar. Mudar, fazer novos sonhos. Quantas mulheres queriam ter filhos, não puderam e foram adotar. Replanejaram e não deixaram de correr em busca do pote de ouro, só foram correr em uma nova pista. Nesta história toda mesmo, o grande lance é não ficar parado esperando o dia que você vai ser feliz. O importante é correr.


ps: recomendo muito o filme. :*


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Não alimente as feras

Eu tenho feras dentro de mim. Como todos os selvagens, não são domesticáveis. Feras tão fortes que eu tranco com o mais absoluto cuidado, para que não saiam e comam alguém.

Tenho feras como ciúme, talvez, do meu zoológico, a que está na jaula mais protegida. Uma das minhas feras mais fortes, mesmo que eu não alimente quase nunca. Uma fera que, dificilmente, alguém chega a saber que prendo. Uma fera tão forte, mas tão forte, que nem mesmo eu chego perto de seu cativeiro.

Mas existem jaulas que não são tão bem protegidas assim e, de vez em quando, de dentro delas saem para passear o a fera veneno e fera manipulação. E nem com tanta dificuldade como antigamente, hoje eu as capturo e as deixo sem comida por muito e muito tempo. Fracas o suficiente para não tentarem fugir novamente.

Falando de feras fracas, eis uma em estado terminal, a fera da vingança. Ela, que já foi uma das minhas menos controláveis, hoje em dia, quando pensa em sair, prefere ficar em sua jaula. Dá muito trabalho. O problema de suas fugas foi facilmente resolvido depois que Dona Maturidade passou a vigiá-la, nunca mais foi alimentada.

Porém, de todas as minhas feras, existe uma filhote bem travessa, a luxúria, que de tão encantadora, às vezes, sou eu mesma que abro a jaula para ela dar uma volta, enfeitiçada pela promessa ela vai voltar rapidinho. O grande problema de soltar a pequena luxúria é que, de todas, ela é a mais bem nutrida e pode ficar tempos sem precisar voltar ao cativeiro para se alimentar.

A luxúria é uma fera preocupante, porque ela não é como a fera ciúme, que apesar de forte, não me agrada, por isso não a visito, não me oferecendo perigo. A fera luxúria não, dá gosto ver como ela se diverte solta, dá gosto vê-la brincar. Hoje, ela se alimentou, se soltou e brincou contente. Mas ela até que mereceu, fazia tempo que não dava umas voltas...

O único problema de alimentar a ferinha luxúria é que ela já é forte mesmo sendo só filhote. Crescida e alimentada, os estragos que ela faz hoje serão triplicados. Poderá se tornar poderosa o suficiente para não conseguir mais ser cativa de nenhuma jaula.

Por isso, eu devia mesmo era seguir o que diz as placas que a Dona Maturidade espalhou pelo meu zoológico:
Não alimente as feras, elas podem se tornar tão fortes que devorarão você.


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quem não aparece, desaparece

Ontem, assistindo ao C.Q.C (um dos programas que eu mais gosto na TV) vi o ícone Zé do Caixão dizer “quem não aparece, desaparece”. E me dei conta que esta deve ser citação que rege a vida da maior parte das pessoas hoje em dia.

Já reparou quanta gente se inscreve para aparecer? E programa para isso é o que não falta também né? Convenhamos, temos desde os reality shows mais famosos como o BBB ao, quem diria, oitavo integrante do C.Q.C.

Não, e eu posso até estar sendo bem precipitada, mas não me digam que as pessoas que se inscreveram para tentar ser mais um repórter do programa foram com o único e exclusivo intuito de, por meio do jornalismo, colaborar para a criação da consciência social, mesmo que seja com uma pitada (sendo modesta) de humor. Se fosse isso, uma rádio comunitária não resolveria?

Quantos dos candidatos que se inscreveram no C.Q.C também não se inscreveram pra ir ao Big Brother Brasil? Eu que sou viciada em indicadores, ta aí um que eu gostaria de medir. Quanto vale ser famoso? Vale até comer olho de cabra? Aliás, quanto vale sair da sua residência pra ir passar fome no meio do Ceará? Ah, vale a fama, nem que seja aquela dos 15 minutos...

Mas quem pensa que a fama é só cobiçada pelos anônimos, se engana. Quem discorda pode procurar os vídeos do não mais tão desconhecido assim Theo Becker em A Fazenda. Porque ou aquele rapaz é bem anormal ou em nome de um palco ele realmente topa até mais que o olho de cabra. Quem sabe uma mistura dos dois.

Mas nem tiro a razão dele tanto assim, deve ser muito mais difícil segurar a fama hoje em dia num mundo em que lançar um vídeo sem muita técnica no youtube pode lhe dar o prêmio revelação do Multishow. Olha, aquele pessoal que participa do Ídolos tá perdendo tempo se submetendo às humilhações daqueles jurados, nem precisa tanto.

E pelo amor de Deus, isso não é uma crítica, nem despeito, é só uma observação de como a fama tem mais meios de chegar aos que a desejam, hoje em dia, do que pros que queriam ser famosos, antigamente.

Afinal, quem sou eu pra falar ? Porque é bem verdade que eu uso a escrita para desabafar os pensamentos que não cabem nos 140 caracteres do meu twitter, mas se fosse só terapia porque eu não escrevo as minhas maluquices naqueles diários que ficam em baixo do travesseiro?

É, eu também tenho a fobia de desaparecer. E falando nisso, até quando vai mesmo as inscrições pro BBB 10?