segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A mulher de César


Hoje eu estava ouvindo o Lula dizer na rádio CBN que “o Senado fez infinitamente muito mais coisas boas do que coisas ruins”. E apesar de eu achar o cenário atual do Senado uma vergonha, eu dou razão ao que ele disse sim. Mas infelizmente Sr. Presidente não é assim que a banda toca. As pessoas são julgadas pelas coisas erradas que cometem.

Mas não é das coisas erradas do Senado que quero falar, são das minhas coisas erradas e dos julgamentos que elas me acometem. Como humana que sou, desviei, certas vezes, do caminho que eu mesma acho que é certo e antes que vocês pensem que eu sou chefa de alguma organização criminosa, meu delito é bem menor, apenas me envolvi com um homem casado.

Existem mulheres e mulheres. E dentro dessas existem as que são devoradoras de homens e invejosas da felicidade alheia. E eu, definitivamente, não sou isso. Mas porque será então que quem sabe da minha história fica achando que eu tenho tal vocação?

Algumas coisas acontecem sem que planejemos, o meu envolvimento foi um desses casos. Não, eu não sou a vítima. Gostava do que eu vivia. Mas isso não me faz uma mulher que só queira homens casados, como umas pessoas que já me disseram. Não os quero mesmo. E evitei-os a vida toda. Mas um dia aconteceu, me envolvi.

Então eu retomo a questão do Lula, sou julgada por uma coisa ruim que fiz, todas as outras coisas boas foram jogadas fora no exato momento que não fui mais a moça certinha. O que ninguém entende é que continuei sendo a moça certinha, só que fazendo uma coisa errada.

Por favor, e vale ressaltar, antes que você que comece a me julgar daí também que eu não fui daquelas que ligavam pra casa e infernizavam a titular. Eu não sou uma destruidora de lares, mais que isso, eu não quero ser uma. Acho essas atitudes uma maldade sem tamanho.

Hoje, eu não faço mais as coisas erradas”, mas um erro do passado é pra sempre julgado. Ninguém vai se lembrar das vezes que eu disse não, das vezes que eu disse “vai ser feliz com a sua esposa", mesmo eu nem sabendo quem era a tal. Ninguém vai se lembrar, porque ninguém, na verdade, nem quer saber. As pessoas já estão com seu pensamento pronto mesmo.

Novamente, reforço, não sou vítima, nenhum pouco. Mas também não sou a vilã que me taxam. E veja bem, isso aqui não é um direito de resposta, estou muito mais desabafando, do que querendo me explicar. E que fique transparente que envolver-se com um homem casado é um erro pra mim porque EU vejo como errado, não porque alguém está me dizendo que seja. Certo e errado é só uma questão de percepção.

Existe um ditado que cai muito bem ao que vejo aqui “à mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta”. E que vida chata deve ter a mulher de César, sempre tendo que dançar conforme a música que a sociedade escolhe. Mas mesmo eu gostando de ser certinha, por escolha minha, de César eu não quero ser nem amante.

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