quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Como dar um fora?

Quantos foras eu já levei na vida? Sei lá, um monte. Acho que nem foram um monte sabe, acho que foram uns poucos e bons. Uns foras estilo Lauro Eduardo que terminou o namoro por meio da minha prima. Ou uns foras estilo Alexsandro Yuri curto e grossos, como um tapa na cara. Hoje em dia quando eu vejo como eles estão fico me perguntando se eu não deveria mandar flores agradecendo a dispensada.

Mas o texto de hoje não é pra falar destes babacas do passado não. É pra dizer que eu prefiro uma centena de vezes levar um fora de alguém do que dar o fora em alguém. Existe algum manual daqueles estilo auto-ajuda para encarar esta situação? Se alguém souber, por favor, me recomende.

Até hoje eu nunca aprendi a dizer as palavras certas, sempre, claro, ponho a culpa a mim, " eu gosto de outra pessoa " ou " eu estou dedicada aos meus estudos " e agora mais crescidinha eu conto com a ajuda do " eu estou trabalhando muito ". Tudo isso para tornar menos cruel o " eu não quero ficar com você ".

Lembro do primeiro garoto que eu beijei, lá nos meus 14 anos em Búzios no Rio Grande do Norte (é, eu tive que sair de Manaus pra beijar alguém). Anderson, era o nome dele e logo depois daquele pensamento " beijar é só isso? " eu percebi que eu já não queria mais o rapaz. Este foi o primeiro fora que eu dei na vida. Pior que isso foi eu ter dado a desculpa que eu gostava muito de um garoto aqui em Manaus e por isso não rolava. Até aí tudo bem, mas eu não contava que na semana seguinte eu iria me apaixonar por um outro cara e ficar com ele o restante de todas as férias na frente do garoto que eu dispensei. Sinceramente, acho que pago por isso até hoje...

A verdade mesmo é que às vezes eu até tento ir gostando com o tempo, ir construindo um sentimento, mas eu não consigo não. Eu tenho que gostar ali no primeiro beijo, não leve o gostar aqui pro sentido amar para todo sempre, é um gostar estilo quero mais vezes. Quando não rola esta vontade de imediato, dificilmente rola depois.

Porém, como eu sou teimosa, às vezes eu tento ver no que dá, mesmo sabendo que não vai dar em nada. E aí eu me ferro, porque eu fico me sentindo culpada em dar o fora. Ainda mais se eu, me conhecendo, criei a situação. Eu nem acredito que eu sou tão boazinha a este ponto.

O problema é que eu não sei se me calando eu magoo menos ou se dizendo a verdade pra pessoa. Seria agora a hora de usar a estratégia "minhas palavras não podem melhorar o silêncio". É claro, que, pra bom entendedor, meia palavra basta. Nesta caso nenhuma palavra também faz entender. Se depois do primeiro encontro a pessoa não te atende, não te retorna as mensagens é porque, óbvio, ela não quer mais encontrar com você.

Todo mundo tem dias de caça e dias de caçador. E é por isso que eu me culpo. Porque eu já estive do outro lado e eu sei como é chato o eco do
"o que será que eu fiz de errado?". Neste momento como caçadora eu digo que, sinceramente a pessoa não fez nada de errado. E vai ver eu também não fiz quando eu era a caça. Só não rolou pra mim como não rolou pro meus algozes do passado.

Não há uma maneira certa de dizer que não se quer alguém. Se a pessoa gostar de você, isso sempre vai magoar um pouco. Porém há maneiras educadas. Ninguém precisa ser imbecil como o Lauro ou o Alex. Mas não dá pra ser tão boa samaritana quanto eu, que fico me sentindo culpada. Acho que me saio melhor quando levo o fora, porque até um pé na bunda me leva pra frente.

Se não existe uma maneira ideal, existe ao menos, o melhor momento. Não escravize ninguém pela sua indecisão do te quero ou não te quero. Esta culpa ao menos eu não carrego. Eu sei que a hora certa pra dizer tchau é o início, ao menos a pessoa não tem tanta coisa pra lembrar de você. Pensar assim alivia mais a minha culpa. Porém, mesmo consolada, eu ainda não sei com qual das pernas eu impulsiono o meu pé.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agora que você sabe o que eu penso, que tal me dizer o que você pensa sobre isso. =)