terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ser magra ou ser feliz?

Cheguei ao ponto X da minha vida. Preciso neste momento decidir entre ser feliz e ser magra.
Não, não dá pra ser as duas coisas ao mesmo tempo.

Uma vez li a talentosa Leandra Leal dizer "já aceitei que terei que fazer regime para a vida inteira". No mesmo momento me identifiquei.

Já fui muito gorda mesmo. Aliás, sempre fui uma criança gordinha e depois me tornei uma adolescente obesa. No ano de 2000 perdi 16 quilos. Nunca mais engordei ao ponto do qual saí. Tem vezes que estou mais magra, vezes que estou mais gorda.

Já em 2007 perdi 7 quilos. Não foram mais 7 quilos depois dos 16, foram 7 dos que retornaram ao meu corpo. Fiquei satisfeita. Mas alegria de pobre...

Em 2008 engordei um a um e mais um. O que prova a minha identificação com Leandra Leal. É necessário mesmo um controle constante do peso. Ano passado, 2009, fiquei por ali, emagrecendo de um lado, engordando do outro. Nada que realmente tenha surtido efeito.

Mas agora já chega! Preciso pesar o que quero pesar. Pesar 60 quilos. Hoje, peso 68.
Eu disse que 2010 era um ano cheio de desafios. E este sem dúvida é mais um. Não é nada fácil pro meu biotipo físico emagrecer. Chego a pensar que só de sentir cheiro de comida gostosa já engordo.

Para você que é magro e não tem nenhuma tendência pra engordar. Ou simplesmente está achando este texto o extremo da futilidade feminina. Me desculpe, você não sabe nada do que é emagrecer. Fazer regime é um ato extremo de força de vontade. É todos os dias olhar para as comidas mais gostosas e dizer "não, eu não quero você" querendo. Querendo demais, até.

E voltando a questão da decisão do ser feliz ou ser magra. É impossível ser feliz fazendo regime constantemente. Afinal, o que é o regime? Regime é se privar de fazer uma das melhores coisas da vida: COMER! É conter o desejo. É viver em auto-controle. É uma chatice. Sem contar que seu humor oscila, que exerce de você uma determinação absurda para dizer não para o que seu corpo está pedindo.

Porém, quando digo que tenho que decidir entre ser feliz e ser magra, de todo, não falo a verdade. Porque eu não seria feliz se fosse gorda. E descobri isso lá no passado, com 14 anos, quando pedir os 16 quilos.

Quando se é criança você se imagina como seria quando crescer. Na minha imaginação eu era magra. Hoje em dia, eu não me sinto bem comigo quando engordo. Eu não sou desencanada e não tenho a auto-estima de Narciso. Eu ainda não me imagino gorda no futuro... E para ser quem eu eu me imagino pago um preço alto. Mas o produto é satisfatório.

Perder todos esses quilos, os do passado e os que perderei este ano, sempre colocam a minha determinação à prova. Não só a determinação para emagrecer, mas para conseguir muitas outras conquistas.

Por isso, depois de jantar uma melancia e um copo de água, digo, sem dúvidas, que
quem tem força de vontade para dizer não à fome, tem capacidade para resistir e conquistar o que quiser. Para conseguir ser magra e feliz!

;)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Deus? O Destino? Nós mesmos?

Quem controla a nossa vida?
Deus?
O destino?
Nós mesmos?

Se é Deus, qual o papel do livre arbítrio por ele nos dado?
Se é o destino, qual o trabalho de Deus?
Se somos nós os únicos e exclusivos responsáveis pelo nosso caminho, porque algumas coisas acontecem sem interferência nenhuma das nossas ações?

É possível que Deus e o destino trabalhem juntos?
É possível acreditar na existência de um, sem que essa crença anule a existência do outro?
Somos nós tão auto-suficientes que consiguimos mudar o rumo da nossa história?

Somos atores ou somos diretores no palco da vida?
Deixamos acontecer ou corremos em busca do que queremos?
Quem teria essas respostas ?
Deus?
O destino?
Nós mesmos?

domingo, 24 de janeiro de 2010

Mulher Fácil

Essa fácil, aquela é difícil? Assim que os homens gostam de rotular as mulheres. E convenhamos, nós, as mulheres, caímos nessa manipulação ordinária direitinho. Tudo em prol de não sermos confundidas com uma mulher de pouca decência.

Se não conhecemos direito o pretendente logo agimos de forma mais arrecatada. Sufocamos nosso desejo e usamos de todos os "nãos" possíveis no primeiro encontro para não ceder à tentação. E por quê? Pra quê? "Porque ele vai me achar muito fácil "

Ah, grande bobagem! Se um cara estiver a fim de te conhecer de verdade, certamente ele não vai te descartar só porque na primeira noite você se entregou ao desejo. E vale lembrar que não foi uma vontade única e exclusiva sua. Foi recíproco.

E convença-se, caso a intenção dele for única e exclusiva sexual, ele pode até te pagar muitos jantares e cinemas, mas assim que você, tolamente, achar que agora não vai parecer muito fácil e por fim ceder... Acredite, ele vai te descartar. Ele conseguiu o que queria.

Não existe esta história de mulher fácil ou difícil, mas há sim uma realidade em todo este contexto. Existem os homens mais babacas e os menos babacas. E provavelmente, foi um super babaca destes, do tipo mais sórdido, que inventou esses rótulos para as mulheres.

Temos todo o direito de nos entregarmos a nossa vontade tanto quanto eles. Aliás, por que não podemos considerá-los fáceis quando eles nos desejam depois de um simples jantarzinho casual? Vivemos lutando pela nossa liberdade feminista, mas somos mais machistas que muito homem.

Por fim, não estou incentivando a mulherada a sair "dando" por aí. Estou apenas sugerindo que façam o que sentirem vontade. E caso a sintam, façam com responsabilidade. Joguem fora as preocupações tolas do "o que ele vai pensar de mim?".

No fim das contas, o que está em jogo aqui nunca foi o quanto nos esforçamos para parecer uma mulher decente, mas quão decente é o cara para o qual estamos nos esforçando.

"Com quem você fica? Com quem você se envolve? Cuidado! Cuidado!
Senão você dança."
Cuidado - Barão Vermelho

Diário de Pandora: A família do meu pai

Enfim, voltei.
Saí de Manaus e fui viver a realidade de um avatar em Pandora.
Lá eu não tinha as decisões que tenho que tomar.
Lá eu podia me desligar.
Desliguei-me.
Tal qual o filme que inspira esta postagem, nas minhas férias eu também descobri um mundo encantador.
Durante algumas postagens vou falar um pouco da realidade do meu avatar e das minhas descobertas.
A primeira a ser relatada, talvez, uma das mais importantes foi descobrir o que é morar com a "família do meu pai".
Sou filha de pais separados e desde a minha infância não passava tanto tempo convivendo com ele.
Um detalhe bastante importante para que este texto seja compreendido é o fato de que quando criança, eu passava os finais de semana com o papai por obrigação. Nunca gostei de ir para lá.
As lembranças da dor da infância me deixaram bastante apreensiva durante os dias que antecediam o embarque.
Como seria conviver com meu pai? Será mesmo que ele havia mudado tanto como aparentava?
E minha madrasta, mesmo que eu sempre tenha me dado bem com ela, desta vez seria minha madrasta mais do que por um final de semana. Como seria ela?
Meus irmãos, apesar de muito amados, são muito mimados.
Teria eu toda esta paciência?
Mas os nove dias que passei com eles foram surpreendentes.
Não lembraram nem de longe o tormento que era quando eu tinha que passar os finais de semana com a "família do papai".
Dia pós dia, dormindo e acordando. Discutindo sim, e fazendo as pazes.
Basicamente igual como é onde eu moro, com a "família da minha mãe".
Porque, de fato, não há esta história de "família do meu pai" ou "família da minha mãe".
Faltava mesmo eu descobrir, mesmo que com 24 anos de atraso, que todos eles são, na verdade, a minha família.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Vitrine do primeiro encontro

Primeiro encontro é uma chatice.
Você não sabe o que falar e ainda tem que ouvir.
Pior que isso, você tem que responder perguntas.
Não, muito pior, depois que você responde, tem que dar uma de interessado e perguntar:
-E você?
Mas se eu não quiser saber?
Dá vontade de levar um currículo amoroso para poupar esse trabalho.
Ah, e claro, você tem que ir mais bem arrumado, um pouco mais perfumado.
Com o hálito impecável.
E se você for mulher, quadriplique o trabalho que essa produção dará.
Em primeiro encontro você tem que ser mais contido, mais educado, mais simpático.
Não há intimidade, as ações são limitadas.
Nas conversas você tem que ressaltar as suas qualidades, sem parecer se auto-elogiar.
Tem que subliminarmente parecer maravilhoso.
E não é uma questão de você estar sendo falso, omitindo os defeitos.
Ou sendo questionável, deixando de ser quem realmente é.
É que, talvez, ao menos no primeiro encontro temos a chance de mostrar o que mais gostamos em nós. E só o que mais gostamos em nós.
É como se fossemos uma vitrine exibindo só os melhores produtos que há para oferecer.
O de pior deixamos para a rotina contar, deixamos que a intimidade do tempo revele.
Mas esse tempo só é dado se a vitrine exposta no primeiro encontro despertar no cliente um interesse significativo o suficiente a ponto de fazê-lo entrar na loja.

Não por saudade

Não por saudade, mas ainda sinto vontade.
Não por saudade mesmo, mas como vai você?
E já que não é por saudade, gostaria que me convidasse.
Poderíamos sair para jantar, naquele mesmo lugar.
Mas, por favor, não pense que tal casualidade seria por saudade.
Jamais seria por saudade a causa de ainda pensar em você.
Dia desses, apareça.
Será bom te rever.
Saudades de você.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mudança

Um dia olhamos pra alguém ou ouvimos uma voz, quem sabe uma troca de olhar e puf!
Tudo muda.
Mas quem queria mudar?
Os suspiros puxam mais ar, as cores ganham mais contraste, o sorriso enlarguece os lábios e os olhos são o espelho da mudança, eles passam a brilhar.
Um bem-estar nos envolve de forma contagiante e a motivação é explícita. Nos achamos mais bonitos, mais legais.
Tudo se torna menos complicado que antes, menos dolorido e a única angústia é a saudade.
E nos transportamos para um planeta de dois habitantes, onde as noites se tornam dia mais rapidamente que em qualquer outro lugar.
Lá a matemática da cronologia é diferente, porque muito tempo ao lado do outro habitante é sempre insuficiente.
Involuntariamente mudamos, mesmo que não quiséssemos mudar.
Tudo ao redor muda conosco.
Não procuramos a mudança, a mudança nos escolheu...
E o que esta narração chama de mudança, você pode chamar de paixão. E numa equação de igualdade, calculamos que: a paixão transforma,
a paixão colore,
a paixão motiva, a paixão nos escolhe.
E mesmo que não queiramos mudar,
a paixão nos muda.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O momento Tesarac

Hoje eu não tive que ir trabalhar. Vamos recapitular. Eu deixei um emprego ao lado da minha casa que eu dominava tudo que era para fazer, conhecia a rotina, tinha pessoas que gostavam de mim e me admiravam e mais que isso, me davam a liberdade que de eu ser quem eu sou e fazer do jeito que eu acreditava ser mais conveniente. Deixei tudo isso porque "tudo isso" não me fazia mais feliz.

Ao anunciar que ía sair de lá para alguns, eles logo me perguntavam, "você vai para onde? " e eu dizia "não sei, mas sei que aqui eu não quero mais ficar". Eu abandonei toda a estabilidade e segurança para simplesmente ir em busca de um crescimento maior. Um crescimento que não me foi prometido, mas que eu decidi que não estava mais na Seplan.

E foi nos capítulos dos meus livros de cabeceira que eu descobri que estava vivendo o meu momento Tesarac, uma expressão criada pelo poeta e compositor norte-americano Shel Silverstein. Para o marketing, tal momento significa uma ruptura com modelos de negócios anteriores sem necessariamente ter sido substituído por um novo.

Saindo da didática marketeira, a verdade é o que o momento Tesarac significa que o caminho antigo não satisfaz mais, mas não há de certo nenhum outro novo caminho para ir. É um momento impossível de fazer previsões, dotado de incertezas e inseguranças.

Eu estou totalmente "tesaraquiano" nesta fase da minha vida. Eu rompi com aquilo que eu acredito que já não serve mais pra mim em busca de encontrar aquilo que me servirá. Mesmo que eu não tenha nenhuma imagem do que é que realmente me serve.

Quando eu penso por este ângulo, me apavoro por completo. Só que coragem não é a ausência de medo, é enfrentá-lo. E me sinto mais confortada quando vejo as pessoas ficarem surpresas com a minha audácia.

Tudo que eu quero é seguir em frente e quando eu senti que de alguma forma a Seplan me prendia de ir adiante, eu quebrei este laço de acomodação e segurança que ela me oferecia, mesmo que o preço seja estar completamente afundada no momento Tesarac da minha vida.

Não tenho a mínima ideia de como as coisas vão se ajeitar. Tenho passagens marcadas, mas não decidi se vou viajar. Não tenho emprego, não tenho aula, não tenho namorado... e mesmo assim não acredito que eu não tenha nada. Positivismo exagerado ou não, acredito que apesar de não ter um caminho certo agora, tenho a direção: IR EM FRENTE!

"Dê o primeiro passo com fé. Você não precisa ver toda a escada, apenas suba o primeiro degrau"
Martin Luther King






sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010 é verde!

Se você prestar bem atenção aos símbolos do dia a dia perceberá que verde é sempre a cor que indica positividade. No trânsito você só segue em frente com segurança se o semáforo estiver verde. Na máquina de cartão magnético o botão que confirma a operação também é verde. As atitudes que salvam o mundo desse caos climático são atitudes verdes.
Quando os gráficos querem indicar saldo positivo, a cor da linha é verde.
O chá que dizem que emagrece é denominado verde.
E se isso ainda não bastasse, verde é a minha cor predileta.
Para mim 2010 é o ano para seguir em frente, o ano para aprovar, o ano para saldos positivos.
E o ano DE VER. Ver de esperança, ver de confiança, ver de vitórias o meu 2010 ser preenchido.
E qual cor mesmo é o trevo de quatro folhas?
É verde!
É sorte!
É 2010!

Feliz Ano Verde!