domingo, 24 de janeiro de 2010

Diário de Pandora: A família do meu pai

Enfim, voltei.
Saí de Manaus e fui viver a realidade de um avatar em Pandora.
Lá eu não tinha as decisões que tenho que tomar.
Lá eu podia me desligar.
Desliguei-me.
Tal qual o filme que inspira esta postagem, nas minhas férias eu também descobri um mundo encantador.
Durante algumas postagens vou falar um pouco da realidade do meu avatar e das minhas descobertas.
A primeira a ser relatada, talvez, uma das mais importantes foi descobrir o que é morar com a "família do meu pai".
Sou filha de pais separados e desde a minha infância não passava tanto tempo convivendo com ele.
Um detalhe bastante importante para que este texto seja compreendido é o fato de que quando criança, eu passava os finais de semana com o papai por obrigação. Nunca gostei de ir para lá.
As lembranças da dor da infância me deixaram bastante apreensiva durante os dias que antecediam o embarque.
Como seria conviver com meu pai? Será mesmo que ele havia mudado tanto como aparentava?
E minha madrasta, mesmo que eu sempre tenha me dado bem com ela, desta vez seria minha madrasta mais do que por um final de semana. Como seria ela?
Meus irmãos, apesar de muito amados, são muito mimados.
Teria eu toda esta paciência?
Mas os nove dias que passei com eles foram surpreendentes.
Não lembraram nem de longe o tormento que era quando eu tinha que passar os finais de semana com a "família do papai".
Dia pós dia, dormindo e acordando. Discutindo sim, e fazendo as pazes.
Basicamente igual como é onde eu moro, com a "família da minha mãe".
Porque, de fato, não há esta história de "família do meu pai" ou "família da minha mãe".
Faltava mesmo eu descobrir, mesmo que com 24 anos de atraso, que todos eles são, na verdade, a minha família.

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