domingo, 19 de setembro de 2010

Só um espaço

Ontem eu fui pra um pagode, e acreditem, me diverti. E se vocês vissem o tipo de pagode que eu fui teriam mais dificuldade ainda de acreditar nessa confissão. Aceitei que não gostava da música, que não encontrei pessoas bonitas, que o lugar era horrível, mas que a conversa com alguns amigos era algo que me alegrava e me fazia sorrir. Dei o espaço.

Tenho reclamado bastante que a minha vida está sem emoção. E não é realmente que ela esteja ausente de emoções, se considerarmos o meu lado profissional, pode-se até dizer que cada dia é uma emoção diferente. Mas vejo que as emoções se concentraram totalmente em um lado só porque eu fechei qualquer outro campo da minha vida. Sufoquei o espaço.

Como eu vou me divertir se eu nem ao menos for a qualquer outro lugar além do meu trabalho? Como as emoções das quais sinto falta irão acontecer na minha vida se eu não parar de racionalizar os processos? Qual o valor de uma diversão e de um frio na barriga?

O espaço que damos para as coisas que queremos que aconteça em nossa vida é fundamental para que elas, de fato, aconteçam. É como querer ganhar na mega-sena sem se quer apostar um jogo. É preciso parar e dar um espaço no tempo, na agenda, no trabalho... na rotina pra fazer aquilo que vivemos reclamando que não fazemos, pra acontecer aquilo que vivemos dizendo que só não acontece com a gente.

Às vezes as oportunidades nos encontram, nas outras vezes temos que nos encontrar antes.E em algumas vezes só é preciso dar um espaço.

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