sábado, 7 de agosto de 2010

Eu vou me matar

Eu vou me matar. Nada melhor do que o dia do meu nascimento para fazer isso (8/8), aliás. Calma, antes que vocês pensem que eu sou tão exibicionista que resolvi publicar minha carta de suicídio na rede mundial de computadores, esclareço, matarei apenas aquilo que não serve mais pra mim.

Desde o fim do ano passado muitas mudanças aconteceram, novos pensamentos, novas atitudes, novo emprego, novo comportamento. Isso é realmente um ponto muito positivo, mas ainda resta um lixo neste novo cenário. É necessário matar aquilo que não me leva pra frente.

A chegada dos meus 24 anos é uma boa oportunidade de começar a colocar em prática esses homicídios. Digo colocar em prática porque não significa que só porque eu decidi que vou matá-las, que elas irão morrer. Talvez a morte seja lenta, dia após dia. Ninguém muda do dia pra noite. Desconfie de quem fez isso porque a mudança é um processo demorado e geralmente dolorido.

Mato tudo aquilo que de alguma forma me mata um pouco. As paixões não correspondidas, os complexos de obesidade e feiúra, os dramas, as tolices, os egoísmos e as coisas terrestres que me afastam das coisas do Alto. Mato-as e torço para que elas morram e não ressuscitem.

Me mato, torcendo para que assim eu viva mais, eu viva plena. Eu aprenda. Me mato hoje, para que, novamente, eu possa nascer em mais um ano completado.

Feliz Aniversário, Aline.


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