terça-feira, 13 de julho de 2010

Jogo perdido é jogo esquecido


No texto anterior eu falei das minhas conclusões em aproveitar o tempo da minha juventude.


Chegando a um hiperlink de constatações, vislumbrei a epifania de que nada na minha vida me fez perder tanto tempo do que gostar de quem não gostou de mim.

Quanto tempo se perde procurando agradar quem não nos quer, encontrando formas de fazer com que a pessoa gosta da gente e no final das contas, simplesmente sofrendo por ela não gostar. E claro, sim, ela pode no final das contas passar a gostar de você, mas não há como saber se foi por que você se moldou ao estilo dela ou simplesmente porque insistiu demais.

Uma vez eu gostei de um garoto que não gostava de mim. Mentira, diversas vezes eu gostei de garotos (e senhores) que não gostaram de mim. E eu, hoje em dia, percebo que tempo jovem que eu gastei nisso. Afinal, por mais que eu não fosse essas enlouquecidas que perseguem, insistem e se humilham, os dias que poderiam ter sido menos emocionalmente desgastantes não voltarão mais.

Também pequei diversas vezes por não deixar claro que gostava do cara, apesar de acreditar que um cara sabe quando uma mulher gosta dele. Mas como, algumas vezes, nem sempre se enxerga o que está a um palmo do seu nariz, hoje em dia, sem medo de ser feliz eu assumo: "gosto de você".

E aí, meu leitor, ou é cartão vermelho ou é pênalti. Se for pênalti, muita competência para fazer o gol, porque nada está garantido até que a bola entre. Mas se for cartão vermelho, saia. Mas saia mesmo. Deixe o campo e espere o final da partida no vestiário, se ela ainda o interessar.

Assim como reclamar com o juiz não faz ele retirar o cartão vermelho, de nada adiantará tentar entender porquê quem se gosta não gosta da gente. Passe a pensar no próximo jogo, neste você está expulso, não há o que fazer.

Não perco mais meu tempo com quem não quer ou consegue ou simplesmente não gosta de mim. Perdi tempo demais até com isso. Agora, jogo perdido é jogo esquecido. O tempo das lamentações passaram. Pessoas que não nos querem são como jogos em que o jogador não pode mais estar em campo e influenciar no resultado da partida. Se não há o que fazer, pra que remoer?

Posso até me apresentar pra jogar, acredito que ao menos para 'desencargo de consciência' os sentimentos precisam ficar claros. Mas não há certeza de nada, se der pra fazer o gol, maravilha! Mas se não der, valeu a experiência. Continua-se o treino porque a próxima partida é imprevisível e pode começar daqui a pouco e ter um resultado diferente.

No amor, assim como no futebol, cada jogo é um jogo. A diferença é que no futebol é mais fácil e um pouco menos dolorido.

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