sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O presente embrulhado

Sabe quando pedimos tanto um presente, tanto, tanto, tanto [ufa!] e enfim o presente chega. E o presente vem naquele embrulho lindo, cheio de laços, vários papeis. Nossa, que pacote lindo! Dá vontade de nem desfazer.

Mas claro que o que o que tem dentro é o que realmente importa e partimos para desembrulhar. E descobrimos que, apesar de querermos muito o conteúdo, desamarrar os laços não é assim tão fácil. Os nós são extremamente apertados. Os papeis não desgrudam uns dos outros. Uma grande dificuldade.

A paciência vai se esgotando, a irritação aumentando. Vamos usando muito mais a força do que a inteligência para abrir o pacote. E desembrulhar o presente se torna um esforço tão grande e tão cansativo que nos faz perguntar se realmente queremos tanto assim o que tá dentro. Se o conteúdo merece todo aquele esforço.

E é realmente assim que chegam as coisas na vida, embrulhadas. Os presentes não chegam de graça. A dificuldade de desembrulhar o pacote é o que nos faz dar o real valor para o conteúdo. E se, por ventura, toda a dificuldade nos faz desistir de abrir o pacote e deixá-lo de lado, significa que não queríamos de verdade.

Nem sempre o que tá dentro do pacote é um presente do jeito que imaginávamos. Pode ser que o embrulho seja mais bonito que o presente ou que o conteúdo não valha o esforço. Pode ser até um presente de grego, mas ainda sim é melhor tentar desamarrar este laço do que só ficar olhando o pacote. Se o que tem dentro é uma surpresa ou uma decepção, só há um jeito de saber: desembrulhando o presente.


Um comentário:

  1. É Aline...
    Na vida existem presentes que até valem à pena, mas infelizmente por falta de inteligência ou simplesmente por não descobrirmos o jeito mais fácil de abrir a embalagem acabamos deixando de lado mesmo. Eu sei bem o que é isso, pois há pouco mandei devolver um embrulho e concordo plenamente com você: Se não houve tanto esforço ou paciência suficiente é por que não queríamos tanto assim.
    Meu presente era como aquele sapato lindo que todos babam quando vêem no seu pé, mas só você sabe o quanto ele aperta e quantos calos ele já fez em você...

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Agora que você sabe o que eu penso, que tal me dizer o que você pensa sobre isso. =)