domingo, 11 de abril de 2010

Não sinto mais sede

Essa semana tive oportunidade de ver que algumas emoções negativas finalmente sairam da minha vida. Em uma realidade não tão distante assim eu mencionei algumas pessoas para quais eu acreditava que voltaria se elas retornassem em minha vida.


Mas quando as pessoas não voltam no momento certo, o momento passa.
E mais que o momento, o sentimento também passa.
Esta semana eu vi as duas últimas pessoas com as quais eu talvez ainda guardasse algum sentimento inacabado. E sejam estes sentimentos quais fossem, passaram.
O cotidiano os trouxe a minha vista, ocasionalmente, apenas para eu constatar que eles não existem mais. E não só me alegra o fato da sensação de tormento que eles me causavam ter ido embora, mas também a realidade de eu não querer que eles voltem.
Mais, muito mais até, me alegro de eu não sentir vontade alguma de voltar para eles, como um dia senti. Senti tanto que cheguei a sufocar.
E hoje em dia, não sinto vontade que eles voltem nem para eu sentir o gosto delicioso e picante de ter que rejeitá-los. Apesar deste gostinho muito ter prestigiado a minha auto-estima nas vezes em que aconteceu.
Minha vida deu salto extraordinário, e onde eu aterrisei não há mais espaço para estes sentimentos que não são nobres, como o do gostinho delicioso e picante.
Às vezes, sinto que dormi e quando acordei haviam se passado 10 anos.
E realmente ao vê-los esta semana pareceu que eles viveram na minha vida há uma década.
Uma década, sem dúvidas, é tempo suficiente para que as mágoas tenham se apagado, para que as saudades terem se dissolvido... (ou não).
E é bom de vez em quando se chocar com o passado. O choque pode trazer inúmeras considerações favoráveis para o presente.
Uma delas, sem dúvida, é nos permitir ter uma exata percepção da realidade atual.
E ao avistar estes "fantasmas do Natal passado" percebi em plenitude que a realidade atual não tem mesmo mais nenhuma correlação com a situação em que eles pertenciam.
Gostaria de ressaltar novamente que alegro-me com isso.
E não pensem que este texto é para "cuspir no prato que comeu".
Pelo contrário, revalidarei sempre positivamente a experiência que os meus "fantasmas" avistados essa semana me proporcionaram, pude aprender com a dor que eles me causaram. Alguns que passaram na minha vida nem a oportunidade de aprender me deixaram...
Eu não vim aqui dizer que " desta água não beberei", eu só, desta água, não sinto mais sede.
Escolho ser feliz, mas se tiver que sofrer, prefiro sofrer por dores novas do que pelas de antigamente.
Por fim, acabou mesmo. Minha vida é daqui pra frente.

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