domingo, 27 de dezembro de 2009

O que é meu volta...

Estava lendo um livro que contava a história de um marido que volta para a esposa que ele deixou para ficar com outra. E isso me fez pensar. Apesar de levar comigo o mantra “o que é meu volta, se não voltar é porque nunca me pertenceu”, nunca voltei para nenhum dos que passaram na minha vida. Nem para os que voltaram...

E é engraçado essa história de eu não voltar para ninguém, apesar de passar bom tempo desejando que eles voltem. Não tem nada a ver com sentimentos bons, tem haver com meu ego mesmo. E como eu ouvi hoje do namorado da minha prima “teu ego é maior até que teu orgulho” ( e olha que meu orgulho é bem grande).

Desejo mesmo, quando eles partem, sempre partindo meu coração, que eles voltem. Não que eu tenha a mínima vontade de reatar romanticamente com eles depois do que me fizeram, mas simplesmente porque eles merecem perceber a burrada que fizeram. Porque EU mereço sentir o gosto de vê-los admitir isso quando decidem voltar. Coisas do meu EGO extremamente vaidoso.

E toda essa história de volta ou não volta me fez pensar nos que voltaram e eu quis só por uma noite apenas para ter o imenso prazer de vê-los ligando no outro dia achando que tinham me tido de volta e eu tendo o prazer inenarrável de recusá-los. Lembrei também dos que voltaram e o meu desprezo era tanto que eu não os quis nem para engordar um pouco a minha vaidade. Mas, principalmente, essa história toda me fez pensar nos que eu quis/quero que voltem e nunca voltaram...

E sinceramente, eu voltaria para dois homens que passaram pela minha vida (é até um número substancial). Nenhum deles foi embora da minha vida sem partir meu coração e isso eles tem em comum com muitos dos que passaram por ela, mas a diferença deles para os inúmeros demais é que o saldo positivo de suas passagens por mim é substanciavelmente maior do que o saldo negativo.

Esses homens são homens que eu realmente tenho saudade. Saudade do que aprendi com eles e com a ausência deles. Saudade dos carinhos e das coisas de namoradinhos que vivem os apaixonados. Uma saudade sem dor, uma saudade que não traz lágrimas aos olhos, uma saudade que conforta o coração.

Para eles, eu voltaria. Voltaria sem joguinhos. Voltaria no primeiro pedido de “volta pra mim”, apesar de eu crer que que eles jamais pronunciariam esse tipo de coisa clichê. Não seriam eles. São os dois tão inteligentes e profundos... Provavelmente apenas entrariam novamente em minha vida, me convidariam para sair/jantar/tomar um sorvete/passear e me seduziriam, para logo depois, quando já desarmada estivesse, me conquistarem novamente. E isso seria eles. E é por isso que eu os admiro.

E talvez, justamente, por serem os únicos que eu pensaria em voltar e os que despertam em mim a saudade sem mágoas e esta admiração inigualável, que são eles, os dois, os únicos que eu realmente não acredito que voltarão para mim. Para todos os outros os meu ego diz que há chances. Para eles, não.

O que é meu volta, se não voltar é porque nunca me pertenceu. Vou continuar a me conformar com isso, mas nestes dois casos, acho que fui (e ainda sou um pouco) mais deles do eles foram meus. Voltaria, então, para os dois. Voltaria para os dois até ao mesmo tempo. E se vida me desse a oportunidade de escolher entre voltar para um ou para outro, nunca conseguiria escolher. Preferiria voltar para nenhum.

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