quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Adeus Seplan!

É verdade. Hoje é meu último dia na Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, a minha queridíssima Seplan.

E a Seplan vai sempre levar de mim esse carinho.

Dela eu levo mais do que bons momentos. Eu levo aprendizado.

Cheguei aos 19 anos, bem menina.

Hoje, tenho 23 (ainda menina) mas com uma retoque que faz toda diferença.

A maior parte dos acontecimentos que deixaram marcas mais profundas e mais recentes em mim aconteceram quando eu tinha que acordar para trabalhar no dia seguinte.

E era justamente o dever de cumprir com a minha responsabilidade na Seplan que fazia eu ter forças para levantar.

Cheguei como uma estagiária. Consegui ser uma funcionária.

Antes eu era a menina do gabinete. Hoje, eu sou Aline Postigo (aquela que enviava o Clipping).

Quantas e quantas foram as vitórias profissionais, mesmo que ninguém me dissesse obrigada (normal), mas eu sabia que tinha conseguido.

E de todas as vitórias, nenhuma foi maior do que as amizades que eu fiz.

E mesmo que a minha experiência de estagiar no gabinete tenha sido proveitosa (reconheço), foi realmente na Assessoria de Comunicação que eu descobri que colegas de trabalho fazem toda a diferença.

E que diferença fizeram Vera e Pojucan na minha vida.

E se muito eu aprendi na Seplan, é claro que tendo a jornalista renomada e braba Vera Lúcia Pinto como chefa durante 3 anos eu só poderia mesmo aprender.

E não aprendi só a escrever melhor, aprendi que chefa pode desempenhar diversos papeis. Pode te dar um abraço na hora que você em prantos quer se matar porque mandou um e-mail errado para toda secretaria dizendo que “ponto eletrônico vigora, mas não agrada”.

E pode ouvir suas imaturidades e compartilhar um pouquinho da sua experiência com você, para que se você der sorte não cometa os mesmos erros.

Pode te esquecer nos eventos, mas sempre lhe lembra que o seu trabalho é muito importante. Pode, mesmo sendo uma pessoa meio desconfiada, trocar detalhes pessoais. E pode falar sempre bem de ti para as pessoas, por mais que ela conheça como ninguém os defeitos que você tem como profissional. E ainda ser uma das maiores responsáveis pela sua transformação de estagiária para contratada.

E usando de toda sua autoridade, pode te intimar para happy hours e almoços e te fazer rir horas com suas histórias de jornalistas ou sempre te culpar por perder os lápis que ela mesma não sabe onde colocou. Ou cometer a audácia de trocar o A pelo E e te chamar de Eline.

Ainda sendo chefa, ela pode ser muito mais que isso, e surpreendentemente ser sua amiga e uma pessoa que marcará a sua vida. SEMPRE.

E como fui muito sortuda, de graça, ganhei o Pojucan, que com seu talento tão carinhoso faz do meu nome lindas rimas em aniversários e festas de despedidas.

Que me recebeu de mente e braços abertos, eu que vim cheia das novas tecnologias e novos procedimentos de clippings para mudar a rotina do seu trabalho.

Ele que aguenta meu mau-humor matinal e meus palavrões quando o computador insiste em não funcionar.

Amigo que, com sua experiência de anos de governo, me deu conselhos de como traçar caminhos com mais política que serão muito necessários para meus novos desafios.

Ele, artista, que me grava cd's personalizados sempre com meu nome estampado e elogia meus trabalhos de aprendiz de designer.

E que fez uma face inesquecível quando eu anunciei a minha partida, demonstrando com transparência que iria sentir a minha falta, mesmo sendo eu, dele, tão diferente. Provando que as diferenças nada impedem a construção de uma amizade.

E já que é pra falar de amiga, não posso deixar de citar a Karen, parceira de fotografias, que foi fundamental para muitos dias que eu não aguentava mais nem a mim mesma, que dirá a Seplan.

Mas era só ouvir o seu tradicional “poxa mana, não fica assim não “ combinado com seu abraço carinhoso que a situação melhorava um pouquinho mais.

Citaria ainda muitas pessoas das quais eu levo um carinho, como o da Juliana que chega agora na Asscom, não pensem que para ficar no meu lugar ( meu lugar é só meu) mas para deixar sua marca, autêntica e competente, e com um toque que eu nunca tive, o de doçura. Para ela, o meu boa sorte cheio de energias.

E encerrando a sessão de créditos. Como que eu poderia deixar de mencionar que foi justamente na Seplan que eu descobri que a estatística pode ser apaixonante. E que indicadores podem te fazer muito feliz, mesmo que só por um curto período de tempo. Aos amigos do Departamento de Estudos, Pesquisas e Informações que sabem do que eu estou falando, o meu sincero carinho.

Confesso que não é fácil deixar tanta estabilidade. Que medo eu sinto do que me aguarda. De enfrentar o novo sem conhece-lo. E mais do que o novo, é o desconhecido.

Que medo mesmo! Terei que construir novos laços, pedaço a pedaço.

Mas, simultaneamente, levo comigo a confiança e aprendizado que essas pessoas que conviveram comigo ao longo de três anos me passaram. Levo comigo toda a positividade e sorte que elas me desejam.

É lógico que nem todos devem sentir por mim essa afeição, mas fico contente com o número substancial de pessoas que por demonstram sentir algum tipo de sentimento bom.

Posso dizer com a sinceridade que Deus me deu, que nenhum dos lados (os que gostam e os que não gostam) passaram na minha vida sem deixar alguma coisa.

Sejam aqueles que me conheceram desde que eu entrei ou sejam aqueles que recentemente se identificaram comigo lendo meus desabafos no meu blog.

Sejam aqueles que gostaram de mim “de cara” ou que demoraram um pouquinho para perceber que por trás deste jeito antipático de ser, existe uma pessoa bastante comunicativa.

Todos me acrescentaram, não só como profissional, mas como ser humano.

E se eu pudesse reduzir todo este texto em uma palavra, ela seria, para todos, sem nenhuma exceção:

OBRIGADA!

A minha gratidão a todos vocês que indo ou não com a minha cara deixaram em mim marcas que se um dia se transformarão em maturidade. Que se transformarão em crescimento.

Isso é o que vale a pena!

Mesmo apavorada, porque o desconhecido assusta, eu saio confiante de que tomei a decisão certa. Que para “cada escolha, uma renúncia”. Que “ só termina quando acaba”. E este ciclo agora acabou para dar início a um novo.

Por Fim, ressalto que hoje deixo para trás apenas uma das muitas passagens profissionais que terei na vida, mas carrego dentro do meu coração o que realmente move o mundo.

Carrego as pessoas!


Sinceramente, muito obrigada!


Aline Postigo.


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