quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Minha carta para o Papai Noel

Querido Papai Noel,

Bem clichê chamá-lo por este vocativo, poderia imitar o cartão da Seplan e chamá-lo de "Prezado Noel", ou tentar uma intimidade maior e usar um " Noelzinho " misturado a qualquer outra expressão carinhosa, mas prefiro adotar mesmo o convencional. É mais respeitoso de minha parte.

Esta carta está super em cima da hora, portanto de forma alguma eu lhe acusarei se eu não for atendida, ou for atendida com um certo atraso. E me desculpe, desde já, por estar enrolando tanto. Todos esses parágrafos que não levam a lugar nenhum são, na verdade, porque não sei muito bem o que pedir.

De fato, talvez eu acredite mesmo que mereça uma coisa bem legal, porque pode até ser vaidade minha, mas eu penso que fui uma boa menina este ano. Será que fui? Isso pode ser só uma impressão. Se puderes me mandar os indicadores de desempenho anexos ao pedido, agradeço.

Em primeiro lugar, querido Noel, gostaria de agradecer pelo presente do ano passado. Me deste uma caixinha cheia de atitudes que me proporcionaram realizar todas as coisas que propus. Muito obrigada mesmo. Foi um presente em tanto! Não foi fácil desatar o laço que fizeste naquele embrulho bonito, mas sem dúvidas, valeu a pena todo o esforço pelo conteúdo. Mas vamos parar de enrolar e tentar encontrar um pedido para este ano.

Como sabes, depois dessa última decepção com um homem quase da sua idade, pensei em pedir um "amor", um amor sem aspas, na verdade. Me refiro a um romance desses que você é correspondida e pode apresentar à família no Natal e fazer planos para o Natal seguinte. Desses que minhas amigas ganham todos os anos. Porém, mesmo que me faça falta, acho que não será isso que vou realmente pedir do senhor não.

Como pudeste ver, eu deixei a Seplan. E só consegui isso graças aos pacotinhos de determinação, paciência e esperaça que me deste ano passado (obrigada novamente). Mas eu preciso de um novo lugar para trabalhar. E me amedronta saber que eu não tenho para onde ir (ainda). E é isto o que eu realmente lhe peço nesta cartinha.

Peço não que me dê de mão beijada um emprego novo, mas que coloque na caixa deste ano os ingredientes necessários para que eu consiga empregar-me em um local que atenda aos requisitos que me fizeram deixar a Seplan.

Espero, sinceramente, que eu tenha sido uma moça que lhe tenha dado orgulho a ponto de atenderes meu pedido. Sabes como sempre é doloroso abdicar do caminho do coração pelo da razão, mas esta foi a minha escolha há muito tempo.

Confio nas suas decisões. Sei que saberá o que enviar na minha caixinha deste ano. Pode deixar que eu dou um jeito de encontrar a receita para usar os ingredientes na medida certa (pedir a receita já seria demais). Não prometo acertar de primeira, mas prometo errar sempre tentando fazer da maneira que acredito que aprovarias.

Gostaria, não abusando da sua boa vontade, que pudesses também atender ao pedido de minha mãe neste Natal, para fazê-la um pouco mais esperançosa. Não faço a mínima ideia do que ela pediu, mas sei que sabes usar o seu bom-senso e não dará nenhum objeto cortante ou inapropriado para idade dela.

Por fim, querido Papai Noel, quero lhe dizer que isso não é um post bobo cheio de ironia com a sua imagem. Eu realmente acredito que existas e realmente acredito que podes me atender. E usarei o pouco da paciência que me sobra da caixinha do ano passado para esperar pela realização do meu pedido ao tempo que acreditas ser o necessário para mim.

Muito obrigada, desde já. Muito mesmo.

Da sua boa (quase sempre) menina,

Aline Postigo.



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