terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Um sonho surreal

Tive um sonho maluco.
Um sonho surreal.
De tão maluco, virou pesadelo.
Teve início partindo da realidade onde eu estava:
uma cama bastante confortável ao lado de uma pessoa bastante agradável.
Começou parecendo que seria uma extensão do momento maravilhoso que eu estava vivendo.
Eu ali, dormindo com ele.
Eis que quando eu olho para o lado, deitada conosco também está uma loira em nossa cama.
E ela surgiu do nada. Simplesmente estava deitada ao meu lado.
Ah, então o sonho iria ficar bem melhor: eu + ele + a loira ali, dando sopa.
Observe que o cenário do sonho era fidedigno ao cenário real.
A loira foi ao closet comigo e eu perguntava dela de onde ela tinha surgido.
Já que misteriosamente, não havia uma explicação. Ela só apareceu na cama.
E ela me explica que mais pessoas estavam chegando porque ali era um lugar bom para ficar. A própria havia passado essa mensagem na minha frente para outras pessoas.
A partir daí o sonho foi ficando sinistro e ganhando suas formas de pesadelo.
Não existia mais nenhum " q " sexual com a presença da loira ali.
E quando eu saio do closet e entro no quarto novamente,
me deparo com muitas pessoas. Pessoas que vinham de diversos lugares do mundo.
Ela estavam caracterizadas por uma roupa incomum e colorida da qual eu não sei descrever.
E vão surgindo mais e mais a ponto do quarto ( que é enorme) difícil de se transitar.
Pessoas com trajes típicos de um lugar que vinham por meio de uma trasnferência telecinética (foi a palavra que encontrei para definir que elas surgiam do nada).
E eu trafegava por essas pessoas meio perdida e assustada e tentando expulsá-las.
Me perguntava qual portal que as trazia até ali. Afinal, todo mundo que chega, entra por algum lugar.
Então, nesta hora (desta parte eu me lembro tão nitidamente) eu fixo meus olhos num espelho distante que estava na parede. Não existe este espelho no quarto real.
Vou, pela multidão, seguindo até o objeto, como se costurasse o caminho.
Tiro o espelho da parede. Ele é redondo. Seguro e olho para dentro dele.
O portal é o espelho!
É por lá que eles estão entrando. Descubro, por fim!
Neste momento, um dos atravessadores de reflexo que lá está me prende por trás e me obriga a fixar os olhos para o espelho.
Ainda tento lutar, fecho os meus olhos para não ver o meu reflexo.
Mas tenho a sensação de estar sendo sugada para dentro do espelho.
Ainda lembro do tom de ameaça na voz do ser que me prendia quando ele dizia que eu ficaria presa lá, sem poder voltar.
E esta sensação de ter a alma capturada foi tão aterrorizante que mesmo sendo só um sonho, ela atravessou a realidade.
E deve ter sido este sentimento de agonia que, por fim, me acordou.
E nem mesmo depois de, já no quarto e mundo real, ter recebido a indescritível sensação do abraço de consolo pelo pesadelo consegui me acalmar.
Fiquei o restante da noite a pensar.
E se, de uma outra maneira, eu estiver, sim, presa no meu reflexo?

(próximo post)

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