
Vendo aquelas propagandas dos familiares dos presos e mortos pela ditadura percebo o quanto a minha geração, que já nasceu fazendo o que bem quer da sua irresponsabilidade, não consegue calcular o quanto os jovens do passado lutaram para que hoje pudéssemos escolher nossos representantes. E mesmo assim, temos preguiça de ir votar, escolhemos qualquer um, reelegemos o corrupto ou votamos no irmão do nosso amigo que nem sequer sabemos o histórico escolar. E claro que mesmo que reconheçamos o valor dos jovens da ditadura, esta avaliação sempre será superficial, porque para nós, cheios de blogs, orkuts, msn's, é quase inimaginável que alguém não possa dizer o que quer, que possa morrer por ter dito. Que possa - minha nossa - ter sido torturado.
Somos mesmo habitantes de um país livre, de homens e mulheres livres. E quanta liberdade tem as nossas mulheres ein? Usam a roupa que querem, mostram os órgãos genitais que querem, onde querem e pra quem quiser ver. Escolhem seus maridos a dedo, casam pelos mais variados motivos e se separam na velocidade da luz por outra diversidade de razões. Enquanto em sociedades distantes elas não podem nem mostrar o rosto, não tem direito à escolha, nem sequer ao orgasmo. Existem culturas africanas que cortam o clitóris das mulheres. Dá pra imaginar as fogosas brasileiras sem seus clitóris?
O que me entristece é o mau uso desta liberdade. Existe tanta coisa errada, digna de usar o direito livre de protestar, mas os jovens preferem usar sua liberdade enérgica para pichar o patrimônio histórico. E os nossos políticos tem tanta autonomia, mas preferem se digladiar numa guerra de partidos e ego do que resolverem os problemas existentes no Brasil. Aliás, eles são tão livres, que roubam o quanto querem, desviam recursos dos necessitados e ainda têm a audácia de se candidatarem novamente. E não é que eles voltam ao poder depois de umas eleições quando seu passado foi, assim digamos, esquecido?
E nós? Nós preferimos mesmo ver as novelas, os telejornais e culpar os políticos, que, como eu disse anteriormente, são nossos porque fomos nós que os escolhemos, do que sair do particular mundinho capitalista de ascensão profissional e pessoal para fazermos alguma coisa em prol deste país. Guardamos nossa energia free para o carnaval e para o futebol. Muita liberdade, pouca consciência. Assumimos o papel de vítima, temos a escolha de ficarmos inertes. Afinal, este é um país independente. País de um povo livre e escravo da ignorância.
Olá Aline, tudo bem?
ResponderExcluirMeu nome é Carlos. Sou da cidade de Machado, sul de Minas. Sou poeta e edoitor do Fanzine Episódio Cultural (2 mil exemplares com distribuição gratuita). Gostaria de receberum exemplar e divulgar entre os seus amigos?
Caso sim mande me uma mensagem através do e-mail:
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Bjos..você é muito charmosa...
Carlos
(35) 329-6106 / residencial
VOU ANEXAR SEU BLOG AO MEU. DEPOIS PODERIA FAZER O MESMO, POR FAVOR?
ResponderExcluirBJOS POÉTICOS
CARLOS