domingo, 27 de setembro de 2009

Domingo de pizza

Domigo, dia comum, passeio comum, lanchinho comum no final da noite. Seria sim, se eu não estivesse acompanhada do preto mais gaiato que existe: Júlio Marks.

Depois de uma ligação, combinamos de ir comer pizza. Mas no meio do caminho eu já disse que poderiamos mesmo comer qualquer coisa. Passeando, passeando, vendo várias opções lotadas de onde comer em Manaus, finalmente o Júlio para na famosa padaria que alimenta seus intervalos da faculdade.

Entramos, vimos algumas opções, nada que tenha me agradado e saímos. Enquanto eu tentava lembrar o nome da pizzaria
que iríamos (decidimos que ía ser pizza mesmo) eu avisto na minha frente, de costas, uma cabeça com uma iminente careca. Seria ele? Então, ainda sem vê-lo, ouço sua voz. Minha nossa, seria mesmo ele?

É, era ele, o topo poderoso no meu coração já citado em diversos posts como "tudo bem", "a mulher de césar" e "eu,robô", J.C.R.F, em carne e osso e no plural. Nossa, e depois de 1 ano longe dele posso dizer que muito mais carne do que osso.

Meus olhos precisaram mesmo confirmar quem era, havia pensado justamente se ele poderia estar ali enquanto Júlio e eu estacionávamos. E ele estava, para minha surpresa. Ao vê-lo, de frente, precisei até mesmo inclinar a cabeça 15 graus à esquerda para ter absoluta certeza que eu não estava confundindo outra pessoa.

-Tudo Bem, professor?
É, nunca sei se posso comprometê-lo ao chamá-lo pelo nome, prefiro chamar de professor.
- Tudo bem - disse ele, assustado também, simultaneamente se direcionando para me dar gentis e educados dois beijinhos no rosto que eu não consegui sentir pois meu corpo estava dormente de nervosismo.

É claro que nestes dois minutos o mundo parou. Parou pra mim, mas o Júlio ainda estava lá. Só que o mundo parou tanto que o Júlio ficou lá, parado, estatelado, olhando pro homem. Olhando como quem olha um artista. Falo tanto dele assim Júlio?

Foram 10 segundos olhando fixamente pro homem sem se dizer uma palavra e com um sorrisinho no rosto. O transe do Júlio só foi quebrado porque o todo poderoso resolveu cumprimentar aquele rapaz que lhe olhava.

-Tudo Bem? - disse ele erguendo a mão.
-Oi, tudo bem! - disse o Júlio, acordando, sorridente devolvendo o cumprimento.

Óbvio, que o todo poderoso achou que o Júlio era meu namorado. Normal, afinal todos acham mesmo. Mas com certeza ele teve motivos pra achar que era mesmo, afinal o meu querido amigo passou 10 segundos olhando pro homem. Mesmo depois de eu já terminado de cumprimentá-lo. Eu ali no meio dos dois, também não consegui me pronunciar. Foram 10 segundos de absoluto silêncio.

Depois disso eu realmente não tive mais nenhuma reação. Fui em direção ao carro sentindo meu peito arder. Na hora que eu o vi, meu coração não bateu forte, como das outras vezes, mas depois que eu vi que eu realmente tinha encontrado J.C.R.F senti um ardor, uma palpitação. Era a minha vez de entrar em transe, fui acordada apenas pelo barulho do alarme do carro do Júlio.

Escrevendo esta história eu percebo que eu e Júlio nem dissemos tchau. Eu segui em frente e ele veio logo atrás. Nem olhar pra trás eu olhei. Como é bom ver este homem...

A nossa vida não é mesmo nossa. Sair de casa é sempre uma grande decisão, pois tudo pode acontecer. Nada, nada tem 100% de planejamento. Nem um domingo à noite é isento de fortes emoções. Por isso que eu não vou mais sair desarrumada e sem maquiagem. ;)

Pensando bem, até poderia ser normal se eu tivesse saído com qualquer outro amigo meu, mas eu saí com o Júlio Marks, e com ele nada é tão comum assim... No fim, depois de longas risadas ao lado do meu amigo e da nossa imagem congelada, posso dizer que o domingo, apesar da situação inenarrável, acabou mesmo em pizza.

Um comentário:

  1. o preto mais gaiato do passeio mais felomenalllllllll

    adoro as voltinhas em que não sabemos o q vai acontecer....topar com um namoradinho seu ou empurrar o krro
    eueheue

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Agora que você sabe o que eu penso, que tal me dizer o que você pensa sobre isso. =)